Por tempo indeterminado

Devido à mudança de emprego e falta de tempo, sou obrigado à paralisar as atividades do blog. Portanto, a partir de hoje não haverão atualizações nas postagens.

Agradeço à todos pelo apoio. Em breve, novidades!

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Enquanto isso, na Escócia...


Camera Obscura é o nome de uma das bandas mais legais da música alternativa européia. Se você gosta de Belle & Sebastian e Teenage Fanclub, vai adorar!

Em 1998, a banda lançou o seu primeiro single, "Park and Ride". Mais tarde, vieram os CD´s Underachievers Please Try Harder (2003) e Let's Get Out of This Country (2006), que de tão bom acabou levando o nome da banda para o mundo todo.

My Maudlin Career é o último trabalho do grupo, e foi lançado em abril desse ano. O destaque é a bela e suave voz de Tracyanne Campbell. Nesse novo álbum dá a impressão que estamos escutando um trabalho solo, tamanha é a presença da vocalista.

O álbum vem encabeçado pelo single "French Navy" que, sem dúvida, é a música com mais cara de hit desse álbum. Depois temos “The Sweetest Thing”, que já começa a imprimir aos poucos a melancolia característica da banda. Mas, o melhor ainda está por vir - “Swans” e “James”, simplesmente as duas melhores músicas do disco.

Se você gosta de tristeza, suavidade e beleza, o Camera Obscura é um prato cheio!

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Cannes 2009


O 62º Festival de Cannes chegou ao fim neste domingo (24). Durante 12 dias o balneário recebeu alguns dos mais talentosos diretores e atores do mundo. O grande vencedor da Palma de Ouro desse ano foi o longa "Das Weisse Band", dirigido pelo alemão Michael Haneke.

Os badalados filmes de Quentin Tarantino e Lars Von Trier conseguiram apenas um prêmio cada. Chrstoph Waltz levou o prêmio de Melhor Ator por "Bastardos Inglórios" e Charlotte Gainsbourg venceu como Melhor Atriz pelo vaiado "Anticristo".

Destaque positivo para o brasileiro "À Deriva", de Heitor Dhalia, que foi aplaudido por quase cinco minutos. Já o destaque negativo vai para o novo longa de Francis Ford Coppola ("Tetro"), que foi muito criticado e acabou decepcionando.

Outros dois "grandes" que não se deram muito bem foram Pedro Almodóvar - que concorria com "Los Abrazos Rotos" - e Ang Lee - que levou ao festival o musical "Taking Woodstock". Ambos não agradaram e saíram de mãos abanando.

No final, ficou claro que Cannes resolveu olhar para o "novo". Porém, não podemos dizer que os longas de Coppola, Trier, Tarantino, Lee e Almodóvar são ruins. Vale lembrar que "Che" (Steven Soderbergh) também recebeu críticas negativas no ano passado, quando abriu o festival.

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Beirut no Brasil

Segundo o blog Popload, a cultuada banda de Zach Condon, toca no Brasil em setembro. As cidades escolhidas são Salvador, São Paulo e Rio. Um quarto show, em Recife, pode acontecer, dentro de um grande festival indie que ocorre na mesma época.

A banda ganhou fama no Brasil graças à minissérie "Capitu", da TV Globo. A música tema ("Elephant Gun") chegou a ser Top 2 em vários sites por aqui. Para quem ainda não conhece o trabalho dos caras, abaixo o clipe (igualmente belo) da música que foi tema de Bentinho e Capitu.


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Blockbuster dos bons


Geralmente torço o nariz para filmes que nascem com cara de sucesso de bilheteria. Mas dessa vez fiquei curioso para ver "A Mulher Invisível", dirigido por Claudio Torres e que estreia dia 5 de junho nos cinemas. Até mesmo porque no elenco está Selton Mello. E isso já basta.

Depois do equivocado "A mulher do meu amigo", de 2008, Torres volta às telas com uma trama pautada pelo riso, porém menos ambiciosa do que poderia ser. Trata-se de um filme enxuto, eficiente e com doses fartas de doçura, sem escorregar no mel. O filme conta a história do controlador de tráfego rodoviário Pedro (Selton Mello), que ao ser abandonado pela esposa, cria uma beldade perfeita, chamada Amanda (Luana Piovani), para ser sua nova companheira. Detalhe: Amanda só existe na imaginação de Pedro.

O elenco é muito bom. Além de Selton e Luana, o filme ainda conta com Maria Luisa Mendonça, Fernanda Torres e a participação do mestre Lúcio Mauro. Ou seja, a risada é garantida!

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Momento Observatório da Imprensa


Na última sexta-feira (15/05), Ronaldo participou de sabatina no jornal Folha de S. Paulo, onde fez declarações "pesadas" (desculpem o trocadilho) sobre Ricardo Teixeira, presidente da CBF. O jogador chegou a acusar o cartola de ter duplo caráter. O mais interessante é que a TV Globo simplesmente ignorou essa entrevista.

Seria um boicote contra Ronaldo? Afinal, o atacante corintiano assinou contrato como garoto propaganda do SBT - isso sem falar que o Grupo Sílvio Santos está patrocinando a camisa do Corinthians. A Globo poderia ter ocultado essa entrevista para dar um "gelo" no fenômeno.

Porém, há outra hipótese - a Globo estaria preservando a relação do jogador com a CBF - pensando na provável volta de Ronaldo à seleção. Vale lembrar que, para muita gente, se a Globo não deu então nada aconteceu. Além disso, é inegável que um "Jornal Nacional" tem muito mais alcance que uma simples edição da Folha de S. Paulo.

O que vocês acham? Qual das hipóteses é mais provável?

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U2 vem?

Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, informou em sua coluna, na última quinta-feira (14/05), que a empresa de entretenimento Time For Fun reservou duas datas no Morumbi para shows de U2 e Bon Jovi. As apresentações aconteceriam entre novembro e dezembro desse ano.

Segundo a coluna, o departamento de marketing do São Paulo FC confirma as reservas, já a Time For Fun nega. O estranho é que a agenda de shows do U2 está lotada até o final do ano.

Outro artista que poderia ocupar essas supostas datas reservadas pela Time For Fun é o ex-Beatle Paul McCartney, já que desde o final do ano passado boatos sobre sua vinda ao Brasil são ventilados na imprensa.

Quem vocês preferem?

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"Sim, sou um negro de cor"


O documentário "Ninguém Sabe o Duro que Dei", dirigido pelo humorista Claudio Manoel, estreia nesta sexta (15/05) e é o primeiro olhar do cinema sobre Wilson Simonal que, como diz Nelson Motta no filme, "virou um tabu, um leproso, um pária" na música brasileira.

Tudo começou em agosto de 1971, quando a popularidade de Simonal como cantor só era superada por Roberto Carlos. Suspeitando de que seu contador o roubava, ele mandou dar-lhe uma surra. O problema é que a surra foi dada por dois agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), serviço público cuja especialidade era torturar adversários da ditadura militar.

Um inspetor, Mário Borges, disse à imprensa que Simonal era informante do Dops, e a fama de dedo-duro nunca mais se descolou dele, jogando-o num longo ostracismo. "Ele pagou uma pena dura demais, desproporcional para uma surra, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele, não teve anistia", afirma o comediante do Casseta & Planeta.

O cantor alegou ter recorrido ao Dops porque vinha recebendo ameaças terroristas e disse, talvez para impressionar, que tinha conhecidos na polícia política. Quando, mesmo sem provas, foi classificado como informante, ele se enrascou. Pela surra que mandou dar, Simonal foi condenado em 1972 a cinco anos e quatro meses, que pôde cumprir em liberdade. Pela fama de dedo-duro, pagou enquanto esteve vivo - e depois também.

Nascido em 1972, ano em que o pai foi condenado, o músico Max de Castro ressalta que Simonal não era politizado, daí ter pensado que era um trunfo dizer que conhecia gente do Dops. "Ele tentou usar a malandragem e o jogo de cintura. Não percebeu o tamanho da encrenca em que estava entrando."

Max, apesar de achar que o filme ficou incompleta, reconhece que o mais importante é que com depoimentos de Pelé, Miele, Chico Anysio e Tony Tornado, o documentário pode contribuir para que não sejam ditas frases como a ouvida por Cláudio Manoel de um frentista: "Pô, seu Casseta, vai fazer um filme sobre o cara que torturou o Caetano?"

Além de toda essa tragédia que marcou a carreira de Simonal, podemos ver em "Ninguém Sabe o Duro que Dei" a fase gloriosa do cantor. Seja fazendo comercial da Shell, cantando "The Shadow of Your Smile" com Sarah Vaughan, regendo o Maracanãzinho lotado ou, simplesmente, esbanjando malícia e balanço. Com toda certeza, Simonal foi um caso à parte na história da música brasileira.

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Barrado por ser gay


Dirigido pelos estreantes Glenn Ficarra e John Requa, e com Jim Carrey, Ewan McGregor e Rodrigo Santoro no elenco, "I love You Philip Morris" já causa polêmica. Claro, devido à temática homossexual. Segundo alguns críticos, o público que vai ao cinema é basicamente hetero.

Até o momento, o longa não conseguiu nenhum distribuidor. Há quem diga que o filme pode ser lançado diretamente em DVD. Mas, a notícia boa é que "I love You Philip Morris" será apresentando em Cannes.

No filme, Jim Carrey é Steven Russel, um ex-policial do Texas, que comete uma fraude e acaba preso. Na prisão, Russel se apaixona pelo companheiro de cela Philip Morris (Ewan McGregor), que logo foge do cárcere. Ao tentar de todas as formas também fugir da prisão para ficar com o amante, Russel finge até que morreu de Aids e falsifica atestado de óbito, contudo é pego e condenado a 144 anos de detenção.

Rodrigo Santoro vive o papel do primeiro namorado de Steven Russel. Essa é mais uma aparição no cinema internacional do brasileiro, que já conta com fimes como "As Panteras - Detonando", "300" e "Che", além da série "Lost".

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Nova do Beastie Boys

Check Your Head, o álbum punk dos Beastie Boys de 1992, está sendo re-editado em edição especial para colecionadores. São inúmeros formatos, desde versões digitais até discos de vinil. Dentro desse pacote, tem um compacto que terá 2 músicas inéditas. Uma delas é “Lee Majors Come Again”, que você pode ouvir abaixo:

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Dylan e Paul?


"Seria excitante trabalhar com Paul McCartney". Essa frase foi dita por Bob Dylan, em entrevista à revista Rolling Stone e já repercurte muito na mídia especializada. Para completar, o porta-voz de McCartney afirmou o interesse pela idéia e acrescentou que "seria algo muito grande se acontecesse".

A parceria seria um prosseguimento adequado à boa fase vivida por Dylan. Com seu penúltimo álbum, "Modern Times", alcançou o topo das paradas americanas pela primeira vez desde 1976.

O novo trabalho - "Together Through Life", por sua vez, vendeu 125.000 cópias nos EUA na semana do lançamento e é o primeiro de sua carreira a conquistar o primeiro lugar nos dois lados do Atlântico.

Caso a idéia se materialize, será a segunda colaboração oficial entre Bob Dylan e um ex-Beatle. O cantor já gravou dois álbuns ao lado de George Harrison em 1988 e 1990, quando ambos faziam parte supergrupo Traveling Wilburys, ao lado de Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lynne.

Enquanto a parceria não se concretiza, a torcida vai para que a tão falada última turnê mundial de Paul venha para o Brasil. A imprensa britânica diz que isso é possível. Talvez ainda em 2009.

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Independente novamente


Francis Ford Coppola, imortalizado na direção de filmes como "Apocalypse Now", "Dracula, de Bram Stocker" e a trilogia "O Poderoso Chefão", acabou de filmar "Tetro". É a volta de Coppola ao cinema independente.

A história acontece na Argentina (onde grande parte do longa foi filmado) e fala sobre as rivalidades provocadas por diferenças criativas que atravessam várias gerações de uma família de imigrantes italianos com inclinações artísticas.

O filme, que é rodado em preto e branco, é de produção independente e confirma a tendência que o cineasta já sublinhara no seu regresso ao cinema em 2007, com "Uma Segunda Juventude": filmes comercialmente arriscados, porém com temáticas muito mais inteligentes, assim como os que fez na fase mais importante da sua carreira.

Quanto ao elenco, Coppola foi muito feliz. "Tetro" conta com Carmen Maura (veterana atriz espanhola, uma das queridinhas de Almodovar) e Vincent Gallo (ator, diretor e produtor de diversos filmes independentes). E isso porque Javier Bardem acabou desistindo de participar do longa, devido a seus compromissos.

Alguns dizem que em junho o filme estreia por aqui, mas ainda é cedo para afirmar. Por enquanto, o certo é que "Tetro" será lançado em Cannes, mais especificamente na Quinzena dos Realizadores.

Assim que surgirem maiores informações, postarei aqui.

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A volta de Star Trek


O 11º filme da saga "Star Trek" chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (08), retomando os personagens originais da série televisiva - o célebre capitão Kirk e seu companheiro Spock.

O elenco é renovado por alguns novos rostinhos de Hollywood: Chris Pine ("Sorte no Amor") e Zachary Quinto (o Sylar de "Heroes"). Além de Winona Ryder no papel de Amanda Grayson, a mãe humana de Spock.

Fazer filmes de ficção científica não é nada fácil. É preciso ser fiel aos originais, respeitar os fanáticos e ainda trazer algo de novo. Por isso, os produtores, o diretor J.J. Abrams (um dos criadores de "Lost") e a equipe técnica revisitaram à exaustão a série. Viram e reviram cenários, figurinos, efeitos sonoros, detalhes. A ideia central: recriar, mas sem desfigurar.

O enredo do novo filme gira em torno das origens dos personagens clássicos: a infância e adolescência de Kirk e Spock, o modo como se conheceram e sua primeira missão espacial juntos. De personalidades opostas, eles são obrigados a trabalhar juntos para vencer o capitão Nero, um vilão novo no universo Trek. Paralelamente, Spock desenvolve um romance com Uhura, em meio a teletransportes e explosões espaciais.

Agora, só nos resta esperar e descobrir se esse novo "Star Trek" terá o mesmo sucesso que "Star Wars" conseguiu em sua volta. Os especialistas dizem que vai superar. Será?

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Impressões da Virada


A Virada Cultural 2009 não foi tão boa como nos anos anteriores, mas mesmo assim trouxe grandes atrações. E uma das melhores, sem dúvida, foi o show dos Novos Baianos.

O primeiro evento da maratona cultural que vi foi a "Instalação de Fogo", da trupe francesa Carabosse, que começou às 22h do dia 02 (lembrando que a apresentação já tinha acontecido na sexta, um dia antes da Virada Cultural). O grupo ocupou toda a extensão do jardim da Luz, em um espetáculo que durou três horas. Quem esteve lá pode ver o jardim repleto de fogo e música. Um espetáculo muito bonito, que agradava os olhos e ouvidos dos presentes.

Em seguida, fui para a praça do rock - a República. Assisti ao Camisa de Vênus, do lendário Marcelo Nova. Sucessos dos anos 80 como "Bete Morreu", "Simca Chambord" e "Só o Fim" fizeram a alegria dos roqueiros que se acotovelavam para ver uma das primeiras bandas punks do Brasil.

Comecei o dia (leia-se 12h) com a Nação Zumbi. A única coisa que posso dizer é que foi um show nota 10. Se não bastasse ouvir músicas da fase mais recente, como "Blunt of Judah" e "Bossa Nostra", os caras tocaram clássicos da época de Chico Science. "Rios, Pontes e Overdrives", "Manguetown" e "Maracatu Atômico" levaram os anos 90 para a República. Para encerrar, a banda mandou "Quando a Maré Encher", e aí não teve pra ninguém - todo mundo saiu do chão, literalmente.

Pouco depois, foi a vez de conferir o palco principal da Virada Cultural, que abrigou um dos melhores shows do evento. Mesmo desfalcados de Moraes Moreira, os Novos Baianos proporcionaram à multidão que lotou a São João um momento de rara felicidade. Em boa forma vocal, Baby e Paulinho Boca recriaram com brilho as melhores canções do grupo, como "A Menina Dança", "Mistério do Planeta" e "Besta É Tu".

Pepeu Gomes arrasou na guitarra. Ele, que já foi eleito o melhor guitarrista brasileiro, mostrou que baiano também sabe fazer rock'n'roll, especialmente quando tocou um cover de Jimi Hendrix. Mas eles se superariam nos clássicos "Preta, Pretinha" e "Sampa" (Caetano Veloso). Foi uma comoção geral. Memorável.

Para encerrar a noite (e a Virada 2009) saí do lotado Centro e fui para a zona norte ver Los Sebosos Postizos. Trata-se da união dos integrantes da Nação Zumbi com Bactéria (tecladista do Mundo Livre S/A). O repertório é formado por clássicos de Jorge Ben, na fase em que ele ainda não tinha adotado o "Jor" no nome.

O show é matador. É incrível como a voz de Jorge du Peixe encaixa bem com as músicas do outro Jorge. "Umbabarauma", "Que Pena" e "Zumbi" são apenas algumas das pérolas que foram tocadas. Para completar, Los Sebosos Postizos atacaram de Beatles, com "Tomorrow Never Knows".

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Leite Derramado


Muito boa a crítica do Júlio Pimentel (Paisagens da Crítica) sobre o novo livro de Chico Buarque, "Leite Derramado". Ao contrário da grande maioria das pessoas, ele conseguiu ser imparcial e olhar esta obra com "outros olhos".

Segue o texto do Júlio:



"Leite derramado exige, antes de qualquer comentário, uma conversa prévia. A dois, apenas: você, leitor, e eu.

Imagine que você acabou de chegar de um lugar intocado pela poderosa máquina de divulgação dos lançamentos da editora. Talvez de um país estrangeiro.

Imagine, também, que você é alheio às notícias do mundo do entretenimento e da música popular; que só conhece a clássica e, vá lá, o jazz.

Imagine, ainda, que você não tem vínculo político com qualquer grupo político, nem se interessa pela instrumentalização da ficção ou pelo repertório de valores, mitos e crenças de partidos, facções e panelinhas acadêmicas.

Imagine, finalmente, que você gosta de ler e tem algum conhecimento da ficção produzida no ocidente nos últimos, digamos, cinqüenta anos.

Imagine, para completar (ufa!), que você pousou nesse instante, vindo desse lugar inimaginável, e caiu numa livraria, onde comprou Leite derramado. Curioso diante da capa sóbria e duplicada e da bela edição, você resolve lê-lo – afinal, desconectado da mídia e dos clubismos, sobra-lhe bastante tempo para que leia tudo, ou quase tudo, que lhe chega perto.

E você o lê, do princípio ao fim, sem saltar uma palavra ou um capítulo.

Agora, me diga: o que achou?

Sei: a leitura é fluida e agradável. Que bom! O autor sabe, sobretudo, criar e manejar metáforas e é a predominância delas que caracteriza seu estilo. A ponto de impor-se sobre o desenvolvimento da trama e compensar os vazios na estrutura narrativa. É?

Entendi: você acha que é um bom livro, que vale pelo divertimento das duas ou três horas que dura a leitura. Que beleza! Mas como assim “vai esquecê-lo logo”? Por quê?

Ah, você achou que o título é um clichê? E que os personagens são caricaturais e superficiais? Sei, sei. E também achou que a fragmentação do relato e a variação entre temporalidades são recursos inteligentes, mas meio óbvios? Que eles facilitam a escritura porque tornam desnecessário o encadeamento da narrativa? Entendi, entendi.

Mas me conte uma coisa, leitor imaginário: você não acha que só um gênio literário pensaria colocar a voz narrativa num personagem moribundo que, ainda por cima, simboliza a elite decadente de um país miserável?

Não acha? Como não?

Ah, a ficção está cheia de leitores moribundos que alternam temporalidades em seu relato do passado? Ah, Philip Roth escreveu, faz pouco tempo, um livro exatamente assim? Não diga! E o narrador de Philip Roth é mais complexo e sua narrativa, bem melhor articulada. Puxa…

Mas lhe garanto, leitor querido, que Roth não colocou seu personagem na história. Tenho certeza de que ele se manteve no registro da intimidade, nunca no terreno pantanoso do coletivo! Ah, colocou? E a história não precisava ser ostentada para que o leitor percebesse? Claro, claro. Só que isso exige um leitor mais atento, não é? Bom, pelo menos nesse ponto concordamos.

De qualquer forma, caro leitor imaginário, a perspectiva sobre a elite hegemônica decadente é corrosiva, não é?

É mesmo? Você não achou? O quê? Carlos Fuentes já fez isso, há quase cinqüenta anos? E sua história não facilitava a leitura porque exigia mais reflexão e argúcia do leitor? Nossa! Além disso, o livro de Fuentes não era previsível? Por quê? Você achou Leite derramado previsível? Não brinque: já tinha clareza do que ia acontecer desde o terceiro ou quarto capítulo? E mesmo assim foi até o fim?

Sei: você gosta de ler e continua a achar que se divertiu durante a leitura. Ah, você acha que a leitura não vale apenas quando estamos diante de um tremendo livro? Bem, nesse ponto também concordamos.

Só que agora vou lhe contar uma coisa, leitor imaginário e, óbvio, impossível.

O autor do livro é um conhecido e importante compositor da música popular brasileira. Letra e música. Já escreveu outros livros. A maioria deles, inexpressiva. Mas, no último, fez uma história bem elaborada, inventiva e inteligente. Chegou a ganhar prêmios por causa dele. O livro se chamou Budapeste. E lhe asseguro: era mesmo muito bom. Não, nem de perto chegou a ser o melhor daquele ano, mas era muito bom.

E digo ainda mais: o lançamento de Leite derramado contou com uma inacreditável cobertura da imprensa brasileira. Já vendeu muito e venderá muito mais. Ganhará prêmios e será traduzido para inúmeros idiomas, talvez até para o húngaro, única língua que o Diabo respeita – coisa que aprendi, aliás, em Budapeste.

Se não bastasse, a maior parte das resenhas elogiou Leite derramado. Houve até quem o comparasse a Machado de Assis. Você conhece Machado de Assis? Conhece e não vê como alguém possa associar um e outro? Puxa, leitor, nem sei o que dizer. Achei que era verdade…

Agora confesso que fiquei confuso. Sei lá. Acho que vou ter que ler o livro para ver se você tem mesmo razão ou se é apenas intolerante e, diriam alguns, elitista.

Sou capaz até de ler Indignation e A morte de Artemio Cruz para ver se de fato têm tanto em comum, embora anteriores e superiores a Leite derramado.

Mas ler três livros é duro. Não sei se agüento. Pouca gente no Brasil faz isso. Esse, afinal, é um país que tem que crescer. Quanto tempo isso vai me tomar? Não dá para perder tanto tempo lendo. E para quê, afinal? Se quase todo mundo diz que Leite derramado é bom, claro que é. Para isso é que existe a crítica: para orientar os leitores, ora.

Claro! E mais fácil do que ler três livros (e dois deles, ainda por cima, são complexos: vai demorar…) é concordar com os resenhistas. Ou ouvir uma boa música, bem cheia de metáforas, coisa que dá para fazer até de olho fechado. E, em vez de imaginar leitores críticos, imaginar um mundo em que Leite derramado seja eleito o melhor livro do ano.

Tem mais chance de virar realidade."

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Quem é melhor?


Quando escrevi sobre o filme "Quem Quer Ser Um Milionário?", abordei a semelhança com "Cidade de Deus". Dessa vez, o site norte-americano IMDB (especializado em cinema) resolveu promover uma enquete para tentar descobrir qual dos dois filmes o público prefere.

Resultado

Cidade de Deus - 37,1%
Quem Quer Ser Um Milionário? - 19,6%


Detalhe: Enquanto o filme de Dany Boyle recebeu oito Oscars, o filme brasileiro voltou com as mãos abanando na ocasião.

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Bush, segundo Oliver Stone


O diretor norte-americano Oliver Stone continua com sua saga sobre ex-presidentes dos EUA. Ele que já tinha dirigido "JFK" (1991) e "Nixon" (1995), agora está à frente de "W." que estreia hoje nos cinemas brasileiros.

Stone é um ferrenho crítico do governo de George W. Bush e, por conta disto, muitos esperavam que esse filme fosse muito mais bombástico do que realmente é. Há momentos em que fica parecendo que o diretor "pegou leve" com Bush filho.

Josh Brolin ("Onde os Fracos não tem Vez" e "Milk") interpreta o polêmico político ianque. Embora ele não seja tão parecido com Bush, seu olhar vago é idêntico ao do ex-presidente, sobretudo, em momentos de tensão. Vale lembrar que Brolin assumiu o papel pouco antes do início das filmagens, quando Christian Bale desistiu do projeto.

"W." mostra a vida de Bush, desde sua juventude até seus últimos anos de governo. Aborda a relação com Bush pai, os erros do governo, a vida pessoal e, claro, os milhares de mortos no Iraque. Já o 11 de Setembro é apenas sugerido.

Embora existam muitos fatos verídicos, este é um trabalho de ficção. Ele mistura fatos reais com coisas inventadas - porém, que poderiam muito bem ter acontecido. O mais importante é a mensagem que Stone passa através de seu longa: George W. Bush foi um bufão, um palhaço, um homem sem preparo para governar um país como os EUA.

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A Virada


Zeca Baleiro, Novos Baianos e Nação Zumbi são apenas algumas das apresentações imperdíveis da Virada Cultural deste ano. Confira os destaques da programação.

02/05 e 03/05

23h00 - Trio Mocotó (Av. Rio Branco)
00h00 - Marcelo Camelo (Av. São João)
00h00 - Tom Zé (Teatro Municipal)
00h10 - Camisa de Vênus (Pça. da República)
01h50 - Curumin (Sta. Efigênia)
02h10 - Velhas Virgens (Pça. da República)
03h00 - Chico César (Teatro Municipal)
06h50 - Matanza (Pça. da República)
08h30 - Vanguart (Pça. da República)
09h00 - Cordel do Fogo Encantado (Av. São João)
12h00 - Zeca Baleiro (Av. São João)
12h00 - Nação Zumbi (Pça. da República)
14h00 - Nasi (Pça. da República)
15h00 - Novos Baianos (Av. São João)
18h00 - Maria Rita (Av. São João)

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Uma boa estreia


O premiado roteirista Charlie Kaufman ("Quero ser John Malkovich" e "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças") estreia como diretor em "Sinédoque, Nova York", que entrou em cartaz na última sexta-feira (17/04). O filme ecoa os temas da atualidade nos EUA: paranóia, vício em medicamentos, temor da guerra.

O protagonista de "Sinédoque, Nova York" é o diretor de teatro Caden Cotard (Philip Seymour Hoffman) que recebe uma carta, onde ele é premiado com um orçamento gordo para a montagem de uma peça. O diretor usa essa oportunidade para contar sua vida de fracassos, na esperança de reviver momentos e, até mesmo, de modificar algumas coisas. Dentro de um galpão, Caden Cotard constrói uma Nova York quase em tamanho natural, e ali passa anos tentando reduzir (ou aumentar, no caso) a sua peça até alcançar a perfeição.

O longa trabalha o mal-estar do personagem em ser consumido por sua própria criação. Há muitos textos, monólogos e tensão. Mas o principal é que Kaufman, assim como em seus roteiros, cria uma história complexa, onde mistura a ficção com a realidade. O filme tem momentos geniais e é muito inteligente. Muitos o classificaram como estranho. Mas os estranhos são os melhores! Com certeza Kaufman, que já era consagrado como roteirista, agora surge como um diretor promissor.

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A decadência de Caetano



Depois de reencontrar brilhantemente o rock em seu último álbum (), Caetano Veloso volta a decepcionar o público com seu novo trabalho. Zii e Zie - Transambas tinha tudo para ser perfeito, porém está bem longe disso.

Estamos numa época onde o samba está voltando a ser moda. Voltando a ser valorizado. Só que o samba (assim como o brasileiro) sempre se reinventa, ele nunca volta igual. E esse novo samba foi o ponto de partida para o novo álbum de Caetano - músico antenado que é. Mas, infelizmente ele não obteve o mesmo sucesso de outros músicos brasileiros como Tom Zé, Mundo Livre S/A e, mais recentemente, Curumin.

Bom, vamos às músicas. As faixas "Perdeu", "Falso Leblon" e "Lapa" se destacam. Já as outras músicas... elas se afogam num oceano de idéias super elaboradas e mal resolvidas.

Talvez a faixa "A Baía de Guantánamo" se salve. Mas somente porque ela nos remete ao belo clássico "Haiti". Mas, qualquer esperança some quando ouvimos a fraca "Lobão Tem Razão" e o quase axé "A Cor Amarela ou Menina da Ria". São músicas que fazem qualquer fã de Caetano ter que reconhecer a bela porcaria que é esse seu novo trabalho.

Embora continue louvável a decisão de um medalhão da MPB como Caetano experimentar novos caminhos, atualizando sua face experimental, faltam ao novo trabalho boas canções e um foco mais centrado.

era um álbum de letras pessoais, de momentos raivosos e intensos, de ecos no indie rock. Já Zii e Zie perde o foco ao ampliar seu campo de visão e suas tentativas de fazer “transambas".

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A enquete e o "Olha a água"


O blog Popload, do Lúcio Ribeiro, fez uma enquete sobre qual seria o show mais marcante no Brasil em todos os tempos. Só valiam bandas gringas.

1. Radiohead - 147 votos
2. Franz Ferdinand - 32 votos
3. Pearl Jam - 27 votos
4. Pixies - 19 votos
5. REM (em 2008) - 17 votos

Claro que as pessoas, naturalmente, são influenciadas pelos shows mais recentes. Além disso, a maioria dos leitores de Lúcio Ribeiro não chegaram a ver shows dos anos 70 e 80. Mas, de todo jeito, concordo plenamente com a primeira posição. Apenas incluiria U2 nessa lista.

Por falar na apresentação do Radiohead, acabei esquecendo de comentar uma coisa muito curiosa que rolou no show de São Paulo.

Quando a banda tocou a triste "Exit Music", o público ficou em silêncio, só ouvindo e admirando a bela canção. Eis que surge um ambulante e grita: "Olha a água". A resposta do silencioso público foi imediata - um "psiuuuuuuuuuuuu!" coletivo pro incoveniente trabalhador.

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Com vocês - o cãozinho dos teclados


Depois de Cazuza e de Zezé Di Camargo e Luciano, mais um grande nome da música brasileira ganhará vida nas telonas. Em breve, nossos olhos poderão assistir à biografia do cantor e político Frank Aguiar.

O longa com o título "Os Sonhos de um Sonhador - A História de Frank Aguiar" deve estrear ainda este ano, e contará com uma estrela global em seu elenco. Trata-se do ator Gustavo Leão, que interpretará o músico do Piauí em sua juventude. O ator de 22 anos iniciou sua carreira em "Floribella" (TV Bandeirantes) e já fez duas novelas na Rede Globo.

Vocês devem estar se perguntando - Qual ator viverá Frank Aguiar na fase adulta? Pasmem: Frank vai interpretar a ele mesmo. Para isso, ele terá aulas de interpretação.

Chico Anysio (tadinho do mestre) e Daniel Zettel também estão no elenco. Além deles, poderemos ver o pagodeiro Leandro Lehart e o sertanejo Hugo Alves (da dupla Hugo & Tiago) atuando.

A direção será de Caco Milano, que já dirigiu clipes do cantor anteriormente. O filme contará a história desde a infância de Francineto (nome verdadeiro do cantor), quando já ensaiava alguns acordes, as participações em diversos festivais, concursos, shows em bares, entre outras passagens de sua vida.

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NYT elogia produção Brasil-Uruguai


"O Banheiro do Papa", que foi lançado por aqui em 2007, recebeu essa semana um elogio do jornal The New York Times. A crítica Angélica Bito classificou o filme, que foi produzido por brasileiros e uruguaios, como "tocante".

A incrível história começa algumas poucas semanas antes da visita do papa João Paulo II a Melo, cidadezinha uruguaia quase na fronteira com o Brasil, em 1988. A presença do Sumo Pontífice causa furor na população do lugarejo, mas essa comoção não tem nada de religiosa. A visita atrairá 20 mil brasileiros ao lugar.

Toda essa brasileirada terá que comer, e Beto - um pequeno contrabandista - pensa além de seus compatriotas. Afinal, se os brasileiros vão comer tanto assim, terão que se aliviar. E é assim que Beto tem a brilhante idéia de construir o banheiro do Papa.

O filme foi dirigido por Enrique Fernandez e César Charlone (parceiro de longa data de Fernando Meirelles) e arrancou as seguintes palavras do jornal norte-americano: "bastante delicado, o drama aborda de forma sensível a pobreza dos moradores de Melo, além de exaltar sempre a presença da esperança em suas vidas, mesmo em meio à miséria, o que o aproxima bastante com a cultura brasileira".

O longa, que será lançado nos EUA nesta quarta-feira (15/04), ganha mais uma vez visibilidade na imprensa. Infelizmente, na época que foi lançado no Brasil, o filme não obteve muito sucesso nas bilheterias.

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A curiosa lista de Protógenes


Chegou a hora do ETcetera falar de política também. Ainda mais quando o assunto é do meu interesse.

Mais de 25 jornalistas foram acusados pelo delegado Protógenes Queiróz de participação em um esquema de conspiração em favor do banqueiro Daniel Dantas. Detalhe: até Mino Carta foi citado.

Os nomes dos jornalistas, cuja maioria atua em grandes veículos de comunicação, constavam de dois arquivos entre centenas de documentos digitais confiscados pela Corregedoria da PF nos computadores do delegado.

O relatório elaborado por Protógenes considera a possibilidade de que o banqueiro Daniel Dantas tenha arquitetado um esquema para corromper jornalistas e seus veículos para que todos atuassem a favor de seus objetivos. Seguindo este raciocínio, o delegado julgou que todos os jornalistas que produziram notícias sobre Daniel Dantas ou sobre o Opportunity acabaram por se tornar cúmplices do banqueiro.

De acordo com informações do site Consultor Jurídico, o documento elaborado por Queiroz cita os nomes de Luiz Antônio Cintra, Mino Carta (foto), Paolo Manzo e Sérgio Lírio, todos da revista Carta Capital. Da IstoÉ cita Hugo Marques, Luciana Sgarbi, Octavio Costa e Rodolfo Lago. Da IstoÉ Dinheiro aponta Adriana Nicacio, Gustavo Gantois e Leonardo Attuch.

Já do jornal Folha de S.Paulo, veículo que mais sofreu investigações por parte do delegado, foram sublinhados os nomes das jornalistas Andrea Michael, Elvira Lobato e Janaína Leite.

Da revista Veja são citados Diogo Mainardi, Alexandre Oltramani, Lauro Jardim e Consuelo Dieguez, que também atua pela Revista Piauí, bem como sua colega de publicação Daniela Pinheiro.

Agora, vamos pensar: Acusar a Veja até que dá para entender, mas sugerir que a Carta Capital e Mino Carta favoreciam Dantas???? Isso já é loucura! A revista sempre foi a única a denunciar o banqueiro. Muito estranho!

Vamos acompanhar...

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Wolverine X Jornalista


Que o filme "Wolverine" caiu na rede antes da hora, isso todos já sabem. A novidade é que dessa vez acharam alguém para culpar - Roger Friedman, o jornalista.

Num gesto certamente impensado, Friedman, que cobre entretenimento para a Fox News online, baixou e resenhou a cópia pirata. O problema foi que "alguém" da 20th Century Fox, que distribui o filme, ligou para "alguém" do site e exigiu a punição do jornalista por flagrante apologia do crime de pirataria.

Para por mais lenha nessa fogueira, o site HollyoodElsewhere informou que o presidente da Fox recebeu em seus escritório, dias antes do filme aparecer na Internet, um pacote com a cópia pirata do longa. Ou seja, um baita provocação!

E como polêmica pouca é bobagem quando o assunto é Hollyood, até o FBI entrou na história. A polícia federal dos EUA está procurando por pistas sobre o vazamento de "Wolverine", que já chegou à marca de 100 mil downloads.

O mais interessante é que tudo isso começou porque um funcionário assumiu, sem pudor, que comprou e assistiu a uma cópia pirata do filme. "É muito mais divertido que apanhar chuva para ir ver no cinema", foi o que o jornalista escreveu em sua coluna. O politicamente correto ainda impera na terra de Obama e a Fox não pensou duas vezes - rua para o jornalista!

Bom, essa discussão levaria horas e, infelizmente, não tenho tempo para isso. Preciso assistir a uma cópia pirata que baixei outro dia para fazer minha resenha pro blog...

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Cachorro Grande abrirá shows do Oasis


A banda Cachorro Grande vai abrir os shows do Oasis em sua passagem pelo Brasil, em maio. Os gaúchos estão confirmados na abertura dos shows de São Paulo, no dia 9, Curitiba, dia 10, e Porto Alegre, no dia 12.

O empresário da banda, Sérgio Peixoto, declarou à MTV que a apresentação no Rio de Janeiro, no dia 7, ainda não está confirmada, mas há chances deles tocarem por lá também.

A banda brasileira, que está finalizando seu quinto CD, ainda sem nome definido, foi pega de surpresa com o convite. Beto Bruno, que e fã confesso de Oasis, chegou a pensar que a notícia fosse um trote de 1º de abril.

Vale lembrar que o convite partiu dos próprios integrantes da banda Oasis, após ouvir algumas músicas da Cachorro Grande.

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O crime de Petit


Nos anos 70 um francês se equilibrou num cabo de ferro, suspenso entre as duas torres do World Trade Center, em Nova Iorque. O rapaz não usou nenhum equipamento de proteção e ainda fez piruetas e acrobacias sob o fio. Resultado - foi preso pela polícia americana.

Passados 34 anos do "crime", o cineasta James Marsh nos apresenta "O Equilibrista", documentário que revela os bastidores deste famoso incidente.

O documentário é construído como um filme de suspense, em que o público acompanha passo a passo a armação de Philippe Petit e seus amigos para alcançar seu sonho, enfrentando as autoridades e a força da gravidade de uma só vez.

São imagens de arquivo, entrevistas e reconstituições atuadas que ajudam a entender como esse homem transitou da diversão à obsessão, e desta para a realização do que parecia impossível e ainda parece. “Se eu morrer, será uma bela morte”, diz o protagonista a certa altura.

Com uma fotografia caprichada e uma trilha sonora encaixada à perfeição, “O Equilibrista” já provoca arrepios nas sequências iniciais, em que mostra imagens da construção das Torres Gêmeas, que 26 anos depois seriam palco do 11 de Setembro. É como assistir ao nascimento de uma criança já sabendo que ela terá uma morte trágica antes de atingir a vida adulta.

Ao contrário de muitos documentários, James Marsh não se detém no protagonista. Em vez de realizar um raio-x da personalidade de Philippe Petit e justificar suas motivações, ele prefere centrar a história na obsessão do equilibrista pelo WTC nos tempos áureos em que os edifícios eram o cartão postal de Manhattam.

Os momentos em que o cineasta “sublima” Petit na sua narrativa vemos um homem centrado, audacioso e extremamente autoconfiante. Na sua lógica ele fez aquilo não apenas porque era um sonho de adolescente, mas principalmente porque tinha certeza que podia. E mesmo sendo ele o personagem central desta trama é a sensação de nostalgia que compõe a aura do documentário.

Ganhador do Oscar de melhor documentário e premiado em outros tantos festivais e associações cinematográficas, "O Equilibrista" é um filme encantador que conquistou o carisma do público e da crítica.

O documentário faz parte do festival É Tudo Verdade e foi exibido em São Paulo no último dia 30. Porém, quem não conseguiu enfrentar a maratona de horários, basta esperar até a próxima quinta-feira (09/04) para conferir a estreia oficial nos cinemas.

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A volta do Rubens


Geralmente não comento nada sobre esportes aqui. Mas o primeiro GP do ano trouxe novidades muito interessantes à F1. Além disso, uma nova pergunta paira sobre nossas cabeças: Barrichello voltou?

Desde a largada da prova, que aconteceu na Austrália, vimos muitos imprevistos, acidentes, batidas sem explicação, abandonos e uma equipe nova dominando o tempo inteiro. Foi uma corrida eletrizante, como há muito tempo não se via na F1.

Ross Brawn foi o grande nome da prova, pois manteve-se tranquilo mesmo quando Barrichello se acidentou e ficou lá para trás. O mago que fez a carreira de Schumacher ser permeada pelas estratégias perfeitas de boxes, repetiu o feito mais uma vez.

Com Jenson Button soberbo na frente, o chefão aproveitou o primeiro safety car para convocar Barrichello e trocar a frente de seu carro. Como a F1 vive também da sorte, um acidente entre Vettel (segundo) e Kubica (terceiro) deixou o caminho livre para a primeira dobradinha da equipe.

Felipe Massa, a nossa grande esperança, dessa vez quebrou. Seu companheiro de equipe, Raikkonen, fez o mesmo. Será essa a Ferrari 2009?

Já o nosso "Rubinho Pé de Chinelo", largou na primeira fila e, mesmo fazendo uma corrida nada regular, soube recuperar várias posições, realizar boas ultrapassagens e ainda contar com um elemento que sempre o deixou na mão - a sorte.

Aos 36 anos, a aposentadoria para Rubens Barrichello parecia iminente com a saída da Honda da F1. Até que, da estrutura da ex-equipe, nasceu a Brawn GP. Paralelamente surgiu o interesse da embrionária USF1 para 2010. Pronto. Em vez de pendurar o capacete, o brasileiro ganhou praticamente mais dois anos de cockpit.

Será que esse vai ser o ano de Rubinho? Será que, finalmente, a sorte vai andar ao seu lado? Tomara que sim. Ele, que sempre foi alvo das críticas da imprensa e motivo de piada, com certeza adoraria calar a boca de toda uma nação e encerrar sua carreira de forma brilhante.

O jeito é esperar e torcer.

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Che Vive


O grande filme de Steven Soderbergh sobre a vida de Che Guevara chega, finalmente, às telas brasileiras. "Che" estreia hoje no Brasil e promete conseguir uma boa bilheteria, já que o filme conta a história do maior revolucionário das Américas.

Trabalhando a partir de um roteiro assinado por Peter Buchman ("Jurassic Park 3"), baseado num livro de memórias do próprio revolucionário, o diretor filma com distanciamento quase documental dois momentos na vida do personagem: a campanha para a tomada do poder em Cuba, em 1959, e a visita à ONU em Nova York, em 1964.

Benicio Del Toro vive Guevara. O ator porto-riquenho embarcou nesse projeto há anos. O filme demorou muito a ser concretizado devido às dificuldades em obter financiamento, especialmente por ser falado em espanhol, o que gerava dúvidas entre os produtores norte-americanos.

Interpretado pelo mexicano Demián Bichir, Fidel Castro acaba sendo um personagem secundário no filme de Soderbergh. Tudo é narrado pelo ponto de vista de Che. Além de longas cenas de batalha, a obra mostra, em pinceladas, o lado que fazia do argentino um líder com potencial para ser amado pelas massas.

A história é magnífica por si só. Já o filme, se salva pela interpretação de Del Toro. O porto-riquenho dá vida a Che como se tivesse o conhecido. A semelhança física entre os dois é enorme. Há momentos que não é possível saber se estamos vendo o Che real ou se é Del Toro. Apesar do ator não ter sido lembrado pela Academia, levou o merecido prêmio de Melhor Ator em Cannes.

Quando digo que o filme se salva pela interpretação de Del Toro, digo isso porque "Che" não é nada brilhante. O problema do longa, na minha opinião, é que grande parte da ação se passa nas florestas, onde Guevara e suas equipes tramaram as conquistas e derrotas revolucionárias. O filme acaba ficando muito parado. Essas cenas (nas florestas) são a parte mais chata e monótona do filme. Além disso, a película acabou ganhando muito mais cara de documentário, graças ao estilo narrativo da trama.

Apesar dos pesares, seria injusto dizer que Del Toro é a única coisa boa do filme. Muito louvável também é a idéia e mensagem que são passadas. Del Toro e Soderbergh transmitem um conceito de que Che, mesmo morto há 40 anos, ainda é bastante vivo na memória contemporânea por meio não somente de camisetas e bandeiras, mas pelos seus ideais.

Eu, que já assisti a "Che", agora estou ansioso para ver a sequência - "A Guerrilha". Afinal, não podemos esquecer que, originalmente, tratava-se de apenas um filme. É preciso assistir às duas partes para tirar maiores conclusões.

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Just a Fest - a melhor parte


Como falar do show do Radiohead sem parecer um fanático irracional? Sinceramente, não sei. São nessas horas que fico feliz por ter um blog, onde posso ser totalmente parcial.

Tive muitas dúvidas sobre o setlist que seria apresentado em São Paulo. Porém, domingo pude sentir na pele que, por algum motivo, a banda britânica resolveu presentear os paulistas. Só podemos dizer: "Obrigado Radiohead!"

Eram 22h quando a banda subiu ao palco montado na Chácara do Jóquei, para deleite dos milhares de fãs que tanto aguardaram a vinda do quinteto britânico ao país. O grupo abriu o show com "15 Step", do álbum mais recente, In Rainbows, que foi tocado na íntegra. Em seguida, emendou outro hit, "There There", indicando que estava por vir uma apresentação arrebatadora.

O primeiro grande momento do show veio com "Karma Police", música de um dos melhores discos da história do Rock - Ok Computer. Outro destaque foi a versão de "Idioteque", que ao vivo ganhou muito mais peso eletrônico. De repente aquela plateia "roqueira" estava dançando como se o Just a Fest fosse uma grande rave.

A emoção tomou conta de todos quando, surpreendentemente, Thom Yorque e cia. tocaram "Exit Music", música que foi tema do filme "Romeo+Julieta" (1996). A plateia silenciou-se. Todos ficaram apenas ouvindo e sentindo aquela que é uma das mais tristes músicas da banda.

No primeiro bis, o grupo tascou o hit "Paranoid Android". Quando a música acabou aconteceu o momento mais marcante e emocionante do show - a plateia, mesmo após o final da música, iniciou um enorme coro fazendo a segunda voz com “Come on raaaaaaaaaaaaaaain down on me”. Então, Thom Yorque, que já ía começar a tocar a próxima canção, se rendeu ao apelo do público e fez um lindo dueto com a platéia. Para completar, o vocalista emendou com "Fake Plastic Trees", imortalizada no Brasil como a "música do Carlinhos", por aparecer em um comercial de TV sobre síndrome de Down.

Durante a música “The National Anthem”, um estranho trecho da rádio Band News FM apareceu. Thom Yorque explicou depois que não tratou-se de um acidente. Foi proposital. Eles sempre sintonizam uma rádio local, aleatoriamente, para se misturar com a música.

Bom, o show foi prosseguindo, o segundo bis já tinha terminado e nada de "Creep" dar as caras. Mas quando a maioria do público já se conformava com a ausência do maior clássico da banda, o Radiohead volta para um terceito bis e Thom Yorque solta: "Adivinhem qual é essa". Quando os primeiros acordes de "Creep" foram tocados, a comoção foi geral.

O setlist de São Paulo foi muito melhor que nos outros shows da América Latina. Afinal, é raro ouvir "Fake Plastic Trees" e "Creep" num mesmo show. Eles nunca fazem isso! Para vocês entenderem, ontem fiquei sabendo que o canal Multishow teve acesso ao setlist original do show de São Paulo. Duas músicas programadas para serem tocadas foram riscadas à caneta e, no lugar delas, escreveram os nomes de "Fake Plastic Trees" e "Creep". Ou seja, a banda resolveu incluir essas músicas na última hora. Motivo? Só Deus e o Radiohead sabem. Mas, de qualquer forma, São Paulo agradece!


A sensação de assisir a um show do Radiohead é única. As pessoas chegam a ficar paradas, só ouvindo e assistindo a apresentação da banda. E por falar em assistir, o palco do Radiohead foi um show à parte. Tubos cilíndricos de luz pendiam do palco, formando um cenário futurista. No telão, os músicos apareciam em close e as cores do palco mudavam, de acordo com o tom de cada música.

Como disse no início deste post, é muito difícil falar desse show sem parecer um fã irracional. A única coisa que posso falar, com toda a certeza do mundo, é que vai demorar muito para São Paulo ver um show como esse.

Quem não viu, perdeu!

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Just a Fest - parte 2


A palavra "kraftwerk" significa usina de energia, em alemão. O grupo, que praticamente inventou a música eletrônica, mostrou em São Paulo que este nome não foi escolhido por acaso. Ainda mais se lembrarmos que banda surgiu em 1970.

Há quem diga que o grupo alemão é tão importante para a música como foram os Beatles. Afinal, se hoje é fácil fazer música eletrônica, muito se deve a esse caras.

Uma coisa não dá pra negar, o show deles é muito interessante. Mesmo quem não curte música eletrônica, parou e assistiu com atenção. Com apoio dos telões, o quarteto sincronizou suas músicas com animações e vídeos relacionados aos temas que tocavam. E "Showroom Dummies", uma das canções mais conhecidas do grupo, ganhou uma versão inusitada com as letras em português. Aí vocês já viram, o público foi ao delírio!

No começo a banda não empolgou muito, mas após as execuções de alguns clássicos, como "Autobahn" e "Boing Boom Tschak", a plateia acabou se rendendo.

A parte mais aguardada do show foi quando eles tocaram a música "The Robots". Os integrantes do Kraftwerk foram substituídos por robôs (com a aparência muito parecida com a dos músicos alemães), que se mexiam e dançavam durante a canção.

Comparando com as músicas que rolam nas raves de hoje em dia, o som do Kraftwerk é muito mais lento. Mas, volto a lembrar, os caras começaram com isso há quase 40 anos atrás. Sem eles, talvez nem existiriam Djs!

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Just a Fest - parte 1


Um dos melhores festivais que vi não poderia caber em apenas um post. Por isso, resolvi dividir em três - um para cada show. Hoje, posto a primeira parte do Just a Fest , contando como foi o show da banda Los Hermanos.

Quando Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante e cia. entraram no palco, boa parte do público já havia tomado a Chácara do Jockey para ver os cariocas. Trajando camisas xadrez, os músicos incendiaram a todos com a primeira música - "Todo Carnaval tem seu Fim". E, como acontece em quase todos os shows, confetes e serpentinas foram ao ar durante a música.

Amarante, admirado com a quantidade de pessoas que estavam ali, soltou: "Tem muita gente aqui, meu Deus do céu!". E por falar em Amarante, ficou claro quem é o novo front man da banda. Geralmente, Marcelo Camelo era o dono dessa posição, porém nesse domingo foi Amarante quem mais falou, cantou, brincou e pulou. Já seu companheiro, além de falar pouco com a plateia, cantou suas músicas de forma bem mais lenta. O que acabou deixando algumas músicas muito mais chatas.

Seriam as carreiras paralelas dos Hermanos falando mais alto? Pois, enquanto Amarante vive uma atmosfera Rock´n´Roll com o Little Joy, Camelo se tornou muito mais MPB em seu disco solo.

O melhor do show, com certeza, foi o repertório. Como a banda não está em turnê de nenhum disco, o grupo pôde tocar um pouco de cada álbum. Músicas do CD Bloco do Eu Sozinho, que normalmente não são executadas ao vivo, apareceram. Destaque para “Assim Será” e “Cher Antoine”.

Porém, a sensação final foi que a banda ficou devendo. Faltou mais empenho para tornar esse show inesquecível. Afinal, tratava-se da "volta" dos Hermanos. A crítica esperava mais. Eu esperava mais!

Mas nem mesmo essa falta de energia pode abalar a legião de fanáticos ali presentes. Se a banda estava monótona, os fãs estavam no 220! Aprendi que fã de Los Hermanos não liga para essas coisas banais.

Quem é fã cantou todas as músicas, em alto e bom som. Quem é fã pulou loucamente aos primeiros acordes de "A Flor" e de "Cara Estranho". Quem é fã gritou "volta", ao final do show!

Claro, ainda tem gente que se refere ao grupo como "LOSER manos". A esses, só restou comprar cerveja e esperar a entrada do Kraftwerk.

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Finalmente, Radiohead


O Radiohead acabou de se apresentar na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. A grande (e boa) surpresa foi "Creep", que encerrou o show. Além do maior clássico da banda, músicas como "No Surprises", "Paranoid Android" e "Karma Police" fizeram a alegria dos cariocas.

Resta saber se os paulistas também terão o prazer de ouvir esses hits ou se eles mudarão o setlist. Espero, do fundo da minha alma, que grandes mudanças não ocorram. Pelas informações que tive até o momento, o setlist foi perfeito! O jeito é esperar e torcer.

Segunda-feira volto com um post especial para contar como foi o show de São Paulo, inclusive comentando sobre as apresentações do Kraftwerk e do Los Hermanos. Afinal, estarei lá, no show que promete ser inesquecível!

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O injustiçado


Esquecido pela maioria das premiações nos EUA, sem nenhuma indicação ao Oscar, "Gran Torino" só foi lembrado pelo National Board of Review. A entidade entregou a Clint Eastwood o troféu de melhor ator e ao novato Nick Schenk, o de melhor roteiro original no ano passado.

O filme, que estreia hoje no Brasil, é um dos mais sólidos trabalhos do brilhante diretor. Além disso, deve ser o último filme de Clint como ator.

O personagem do veterano ator, Walt Kowalski, é a própria encarnação da nostálgica América, um EUA que é o herói do mundo. Essa concepção de América teve seu auge na 2a Guerra Mundial e começou a decair pouco depois, na Guerra da Coreia. Uma guerra que tem, aliás, tudo a ver com a amargura deste personagem.

Walt sofre com a culpa de ter matado tantos coreanos nessa guerra e, por ironia do destino, vive em uma vizinhança repleta de rostos orientais. O personagem ainda vive insatisfeito com o rumo que a economia norte-americana tomou. Ele sente falta dos velhos tempos quando os EUA eram a economia mais dinâmica do mundo. Sente falta da velha Detroit, com suas fábricas de automóveis. Inclusive, Walt foi funcionário da Ford no passado e guarda um clássico da montadora em sua garagem - um Gran Torino 1972.

O filme é daqueles que vale à pena ser visto (ao contrário do que postei sobre "The Spirit"). Digo isso porque toda direção de Clint Eastwood vale à pena ser vista. Além disso, o herói dos antigos westerns declarou que Walt será o último personagem que viverá no cinema. Daqui para frente vai se dedicar exclusivamente à direção.

Ainda não assisti ao filme. Pretendo ver logo. Há quem diga que é um dos melhores do ano. Eu prefiro ser mais comedido e dizer apenas que é o filme mais injustiçado do ano.

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Coco Chanel nas telonas


O filme "Coco Avant Chanel" vai mostrar a vida da estilista Gabrielle Chanel, conhecida como Coco, e suas muitas vidas - a história do caminho seguido por ela, desde seu começo obscuro até as luzes brilhantes de Paris.

A conceituada estilista será interpretada pela atriz francesa, Audrey Tautou ("O Fabuloso Destino de Amelie Poulain"). O longa tem roteiro de Anne Fontaine, Camille Fontaine e colaboração de Christopher Hampton, e é baseado na obra de Edmonde Charles-Roux, L´irrégulière.

Um detalhe interessante é que os figurinos usados no filme foram escolhidos com a ajuda de Karl Lagerfeld, atual estilista da Chanel.

Mas, mais interessante ainda é a trilha sonora. "Aqui não tem Chanel", LP de 1991 do grupo carioca Que Fim Levou Robin?, foi o grande escolhido para embalar a vida de Coco Chanel nos cinemas. A banda era formada pelos Djs Mauro Borges e Renato Lopes, que faziam um som techno-pop repeleto de humor.

"Coco Avant Chanel" estreia dia 22 de abril na França e em maio deve pintar nos cinemas brasileiros. Enquanto isso, assista ao trailer que a Warner Bros liberou:


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Um filme para não ser visto


Uma das adaptações de quadrinhos mais esperadas era para "The Spirit". E quando se soube que ela seria feita nos mesmos moldes de "Sim City", e com direção de Frank Miller, os fãs ficaram muito felizes. Tadinhos, não sabiam o que viria pela frente. "The Spirit" é um grande erro cinematográfico.

Frank Miller, como diretor é um ótimo roteirista. O filme que estreia dia 20 no Brasil, além de chato e paradão, ainda tem um roteiro para lá de confuso e interpretações que beiram o ridículo, sobretudo a de Samuel L. Jackson, que faz o vilão Octopus (o pior vilão numa adaptação de hq desde o Mr. Freeze de Schwarzenegger no fracasso "Batman & Robin"). Scarlet Johansson, como a secretária do vilão, mostra que só atua bem quando bem dirigida. A bela espanhola Paz Veja paga um mico colossal. Só a latina Eva Mendes escapa do desastre com suas curvas estonteantes. É a única "coisa" boa desse filme.

Miller achou que só por ter dado palpites em “Sin City” (dirigido por Robert Rodriguez com uma mão de Quentin Tarantino), já estava apto para segurar um filme sozinho. Bom, acho que ele se enganou!



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Agora é oficial - Oasis no Brasil em maio!


Três anos depois de se apresentar no Brasil, o Oasis anunciou sua volta ao país para maio com a maior turnê que já fez por aqui. O quarteto inglês traz o show do disco Dig Out Your Soul, lançado ano passado.

A viagem da banda começa no dia 7 pelo Rio de Janeiro, no Citibank Hall. Em seguida, seguem para São Paulo, no dia 9, na Arena Skol Anhembi. Pela primeira vez, Curitiba vai receber a banda no dia 10, na Pedreira Paulo Leminski. A turnê brasileira será encerrada em Porto Alegre, no dia 12, no Gigantinho.

Os preços dos ingressos ainda não foram divulgados, mas segundo o site as entradas terão pré-venda especial para os clientes do Citibank a partir do dia 20 de março. Para o público em geral, os bilhetes poderão ser comprados a partir do dia 27 do mesmo mês pela Ticketmaster.

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Keane faz show elétrico e toca Queen no final


Quem assistiu ao show da banda inglesa em 2007, quando eles se apresentaram pela primeira vez no país, com certeza não esperava tanta "energia" nesta nova apresentação no Credicard Hall.

O grupo, que começou como trio e foi muitas vezes comparado com o Coldplay, mostrou em São Paulo uma formação mais elétrica, que conta com um integrante a mais e a presença de guitarras e batidas mais dançantes.

A apresentação estava marcada para as 21h30. Porém, quando os fãs da banda se aglomeraram na platéia acabaram se deparando com o grupo gaúcho Fresno, banda de abertura que não havia sido muito divulgada na mídia. Às 22h30 foi a vez da atração principal subir ao palco e abrir seu set list com "The Lovers Are Losing". Logo depois, aconteceu o inevitável. Após o vocalista Tom Chaplim falar - "Esqueçam seus problemas e divirtam-se", um fã inconformado retrucou - "Esqueçam o Fresno!".

O show foi marcado por sucessos como "Everybody´s Changing" e "Somewhere Only We Know". Mas a grande surpresa aconteceu na hora do bis. A banda fez uma versão para "Under Pressure", clássico do Queen. Mesmo com a responsabilidade da canção, o grupo deu personalidade para o cover e Tom Chaplin não se intimidou com os vocais originais de Freddie Mercury.

A turnê segue agora para Belo Horizonte, onde o Keane se apresentará amanhã. Já na sexta-feira, serão os cariocas que poderão curtir a pegada "mais animada" da banda britânica.

Ah, já ía me esquecendo. Ao final do show, a plateia paulista mandou um coro tipicamente brasileiro - "Olê, olê, olê, olê. Keane, Keane".

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Kings


O Kings Of Leon estão mostrando que não são reis apenas no nome. Os caras conseguiram, simplesmente, emplacar o single e o disco mais vendidos da história da parada digital britânica.

A música “Sex On Fire” alcançou a marca de 547 mil downloads, superando "Bleeding Love", da cantora Leona Lewis, que agora figura o segundo lugar na lista. Para completar, Only by the Night , último álbum da banda, já acumula 560 mil cópias digitais vendidas.

Formada por membros de uma mesma família, sendo três irmãos e um primo-irmão, a banda americana Kings of Leon caiu primeiro nas graças dos ingleses antes de conquistar seu próprio país. O trabalho de estreia, Youth and you manhood (2003), fez a crítica e o público britânico babarem. Inclusive eu, que tive o prazer de assistir ao show deles no TIM Festival de 2005.

Depois, vieram mais dois discos - apenas medianos. Porém, eis que o Kings of Leon lança seu melhor disco, Only by the Night , e volta com força às paradas e às listas de fim de ano de melhores da temporada 2008.

Esse ano, eles já levaram para casa alguns prêmios de respeito. No Brit Awards venceram as categorias de Melhor Álbum Internacional e Melhor Grupo Internacional. Já no Grammy, a banda levou o prêmio de Melhor Canção Rock, por "Sex on Fire".

O estilo country do primeiro disco praticamente não existe mais. Por outro lado, as músicas estão mais limpas e o vocalista Caleb começa a mostrar que é um dos melhores cantores desse "novo rock". No último trabalho do grupo, Caleb usa e abusa de sua voz. E, cá entre nós, o cara canta muito! Até Cris Martin revelou, esses dias, que gostaria de cantar como Caleb.

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Brahma na volta de Ronaldo

A Brahma, através da agência África, vai apresentar um comercial para homenagear a volta de Ronaldo aos gramados. A peça publicitária leva o nome de "O Guerreiro Voltou".

A exibição está marcada para passar na TV no intervalo do clássico Palmeiras X Corinthians, nesse final de semana. O susposto vídeo já está rolando na internet, no site Youtube.

Assistam:


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Um Coldplay mais POP?

Você conhece a banda The Fray? Provavelmente não. Mas quem acompanha séries norte-americanas já deve ter ouvido alguma música da banda. Os caras estão nas trilhas de "Lost" e "Gray´s Anantomy". Para completar, o segundo disco deles vendeu 179 mil cópias nos EUA, em apenas uma semana.

Qual seria o segredo desses caras? A resposta encontramos logo que ouvimos a primeira música da banda ianque.

Quando se ouve The Fray é impossível não acusá-los de copiar bandas como Radiohead, Coldplay e Keane. A base das músicas é de piano, sobrepondo aos outros instrumentos, e a voz é melódica e melancólica, lembrando muito os sucessos de Keane e Coldplay. Detalhe - a banda de Cris Martin está bombando nos EUA. Será coincidência?

Bom, assistam ao clipe do maior sucesso deles e me digam se estou errado:

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A Índia de Boyle


Há exatos 20 minutos, assisti ao melhor filme de 2008. "Quem Quer Ser um Milionário?", que tem estréia nacional programada para o próximo dia 06, é fenomenal. Ouso dizer que é o melhor filme dos últimos dois ou três anos.

De um lado a crítica social, onde vemos a verdadeira Índia (e não a falsa Índia da novela das oito). E do outro, uma bela história de amor.

O grande vencedor do Globo de Ouro e do Oscar desse ano merece toda a fama que conquistou. É o tipo de filme que deve ser aplaudido depois que a tela escurecer.

O protagonista é Jamal Malik, um jovem orfão de origem pobre que está a uma pergunta de faturar o maior prêmio da televisão indiana (20 milhões de rúpias).

Mas como um menino da favela, sem instrução, pode acertar todas aquelas perguntas? Por isso, Jamal é levado a polícia local, onde é torturado para que revele como fraudou o programa "Quem Quer Ser um Milionário?".

Durante o interrogatório, Jamal explica que acertou as respostas a partir dos fatos marcantes de sua jovem vida. Por sorte, ou destino, todas as perguntas do programa tinham alguma ligação com a triste história do personagem.

Danny Boyle se utiliza de três planos de tempo para contar a história - o presente (quando Jamal é interrogado pela polícia indiana), o passado recente (no momento em que participa do programa) e o passado remoto (flashbacks que contam a tragetória do personagem). No melhor estilo câmera na mão, Boyle conta a história do povo indiano, repleta de violência e exploração infantil.

É inevitável comparar "Quem Quer Ser um Milionário?" ao filme "Cidade de Deus". Mas essa comparação só se dá no campo estético, pois enquanto o filme brasileiro foca o crime organizado, o filme de Boyle é quase que um conto de fadas. Como o próprio Jamal sugere a sua amada no filme - "podemos viver de amor".

A grande obra ainda tem como destaque a trilha sonora. Por mais que muitos (inclusive eu) não concordem com a escolha para Melhor Canção, a trilha é algo mágico. Sem cair no folclórico, a música faz com que o público se envolva ainda mais com o brilhante roteiro.

O longa é daqueles filmes que faz com que a platéia saia do cinema mais feliz e mais leve. Mas, principalmente, mostra que, apesar dos dramas da vida, ainda vale à pena sonhar e acreditar no amor.

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Pete Doherty quer voltar com Libertines


A banda, que chegou a ser comparada com o The Clash, pode estar voltando. Tudo vai depender da habilidade de Pete Doherty em convencer seus ex-companheiros.

O polêmico músico inglês disse que "só falta falar com Carl Barat". Só que esse é justamente o grande problema!

Para quem já esqueceu, Doherty chegou a assaltar a casa de Barat, guitarrista da banda. A relação da dupla mais parece a de um casal de namorados. Depois do fim do Libertines, em 2005, os dois ingleses vivem brigando e fazendo as pazes. Aí eu me pergunto: será que dá para acreditar em um retorno concreto do Libertines?

Doherty disse ainda que quer voltar com a banda, manter sua carreira solo e também o Babyshambles, sua outra banda. Se lembrarmos que Pete Doherty vive em meio a problemas com drogas, entrando e saindo de clínicas, essa sua vontade chega a ser utópica.

Para mim, não podemos levar à sério essa história. Afinal, essas declarações foram dadas logo após Doherty ter vencido o prêmio de melhor artista solo, no NME Awards 2009.

Não sou contra a volta do Libertines, até mesmo porque era fã deles. Só acho um pouco difícil que um cara como Doherty consiga manter uma banda com Barat. Além disso, sou contra voltas marqueteiras, onde os músicos forçam a barra, contra sua vontade, apenas para ganhar mais dólares.

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As últimas de Joaquín


Sim, meu amigos, esse da foto é o mesmo ator de "Gladiador" e de "Johnny & June". Não, meus amigos, Joaquín Phoenix não está com esse visual por causa de um novo personagem.

Alguns acham que ele está louco. Outros afirmam que tudo isso faz parte de uma grande brincadeira. Mas, por enquanto, o talentoso ator só conseguiu uma coisa - virar piada.

Primeiro episódio - Joaquím Phoenix diz ao mundo todo que está encerrando sua carreira de ator para virar cantor de Hip-Hop.

Segundo episódio - O jovem ator adota um novo visual. Motivo: quer que seus fãs esqueçam essa coisa de "galã".

Terceiro episódio (o melhor) - O ator de Porto Rico vai ao "Late Show", de David Letterman, e passa o maior vexame. Além de não responder a nenhuma pergunta sobre seu atual filme ("Two Lovers"), ficou irritado com a platéia e chegou a grudar um chiclete na mesa do lendário apresentador. Ah, só para constar - o tal chiclete estava sendo mascado por Phoenix.

Quarto episódio - Ben Stiller, ao apresentar o prêmio de Melhor Fotografia no Oscar 2009, aparece vestido igual a Phoenix. Além disso, imita o estranho ator e também gruda um chiclete no púlpito.

Para apimentar ainda mais essa curiosa história, seu cunhado, o também ator Casey Affleck, está filmando um documentário sobre o novo rumo na carreira de Phoenix. E, claro, muita gente começou a especular que tudo isso não passava de uma grande piada para compor esse documentário. Porém, Joaquín Phoenix negou. Segundo ele, tudo isso é a mais pura verdade.

Eu não sei mais o que pensar. Quem poderia imaginar que um ator que já foi indicado a dois Oscars pudesse desistir de tudo para virar cantor de Hip-Hop? Ainda mais ele que cantou brilhantemente todas as músicas de Johnny Cash no grande filme "Johnny & June".

Bom, vamos aguardar os próximos capítulos.

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Isso sim é festival


TIM Festival? Claro que é Rock? Desculpem, mas nem mesmo o antigo Rock in Rio serve de comparação. Festival bom mesmo é o Coachella. Pena que acontece na Califórnia e não aqui!

Vejam só a escalação das bandas para esse ano. No primeiro dia, 17 de abril, os destaques são para Paul McCartney, Morrisey, Franz Ferdinand, Beirut (minha mais nova banda predileta) e The Ting Tings.

No segundo dia é a vez de The Killers, Amy Winehouse, TV on the Radio e Fleet Foxes. E para encerrar o festival, no dia 19 de abril, os californianos verão The Cure, Yeah Yeah Yeahs, Public Enemy, The Kills e My Bloody Valantine.

O festival reune cerca de 100 atrações e é considerado um dos maiores do mundo. Claro que no meio desse mar de coisas boas, tem muita bandinha ruim. Mas eu fico imaginando o que eu faria se um dia anunciarem no Brasil um festival desses...
Infelizmente é nessa hora que minha mãe me cutuca e grita: ACORDA TONNI!!! rs

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A noite de "Quem Quer Ser um Milionário?"


O Oscar 2009 só me surpreendeu em uma coisa - esperava mais estatuetas para "O Curioso Caso de Benjamin Button". O filme que conta a história do homem que nasce velho e vai ficando cada vez mais jovem só levou três prêmios (todos em categorias técnicas).

Já o filme de Danny Boyle venceu quase tudo que disputou. Levou para casa oito estatuetas, incluindo as de Melhor Diretor e Melhor Filme.

Da lista que postei aqui, na sexta-feira, só errei em uma categoria - a de Melhor Ator. Mickey Rourke não levou, quem venceu foi o grande Sean Penn, pelo filme "Milk". Não foi uma surpresa, pois o ator, que já havia vencido nesta categoria por "Sobre Meninos e Lobos", em 2004, era um forte concorrente na disputa.

A espectativa por Mickey Rourke se devia a ele ter vencido o Globo de Ouro e o Bafta. Além disso, trata-se da redenção de um ator. O Oscar seria uma espécie de prêmio ao ex-lutador de boxe. Mas, na minha opinião, Sean Penn é merecedor. Sou até suspeito para falar desse ator, já que o considero um dos melhores atores em atividade.

Nas outras categorias nenhuma novidade. Melhor atriz para Kate Winslet, Melhor Ator Coadjuvante para Heath Ledger e Melhor Atriz Coadjuvante para a bela e talentosa Penelope Cruz, que soube lembrar do seu eterno diretor Pedro Almodóvar. A Melhor animação ficou para "Wall-E", Roteiro Original para "Milk" e as categorias Maquiagem, Efeitos Especiais e Direção de Arte para "O Curioso Caso Caso de Benjamin Button".

Creio que as escolhas foram acertadas, talvez com um pequeno exagero ao presentear "Quem Quer Ser um Milionário" nas categorias de Mixagem de Som e Melhor Canção. Mas, de qualquer forma, o Oscar 2009 acabou sendo como todos esperavam. Minha crítica fica para os filmes que não foram nem indicados - o italiano "Gomorra" é, de longe, o melhor filme estrangeiro do ano, além disso Benicio Del Toro merecia uma indicação ao Oscar de Melhor Ator por "Che - O Argentino".

Para encerrar, quero falar sobre o apresentador da cerimônia. Hugh Jackman, o primeiro não-comediante a apresentar o Oscar, foi espetacular. O ator deu um show. Cantou, dançou, fez piadas, brincou com a platéia. Mostrou ser um verdadeiro showman!

Essa semana continuo a saga para ver os melhores filmes de 2008. Os próximos serão "Milk", que irei assistir essa semana ainda e "Quem Quer Ser um Milionário?" que estréia em Março por aqui.

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Apostas para o Oscar


É domingo o grande dia. A cerimônia do Oscar terá transmissão pelo canal TNT, a partir das 22h, e para aliviar a ansiedade vou arriscar alguns palpites.

As minhas apostas são para os filmes que, na minha opinião,devem ser contemplados pela Academia. Resolvi não opinar sobre quais "merecem" vencer, até mesmo porque só assisti a dois dos cinco filmes indicados à Melhor Filme.

E é justo na categoria de Melhor Filme que, na minha visão, a Academia terá a maior dúvida - "O Curioso Caso de Benjamin Button" ou "Quem Quer Ser um Milionário?". Digo isso devido às críticas que li sobre ambos os filmes.

Dos dois, só assisti ao primeiro - que, por sinal, é excelente. Mas, por outro lado, há quem diga que o novo filme de Danny Boyle (foto) é uma verdadeira obra prima. Além disso, não podemos esquecer que "Quem Quer Ser um Milionário" venceu os prêmios mais importantes até agora (Bafta e Globo de Ouro).

O jeito é esperar pela noite de domingo!


Melhor Filme
"Quem Quer Ser um Milionário?" (puro chute!)

Melhor Diretor
Danny Boyle, por "Quem Quer Ser um Milionário?"

Melhor Ator

Mickey Rourke, por "O Lutador"

Melhor Atriz
Kate Winslet, por "O Leitor"

Melhor Ator Coadjuvante
Heath Ledger, por "Batman - O Cavaleiro das Trevas"

Melhor Atriz Coadjuvante
Penelope Cruz, por "Vicky Cristina Barcelona"


Vale destacar que "O Curioso Caso de Benjamin Button", mesmo não figurando nas categorias principais, deve ser o grande vencedor da noite. Fato devido a seu imenso favoritismo nas categorias técnicas.

Segunda-feira voltarei com o assunto "Oscar" para falar sobre como foi a premiação mais importante do mercado cinematográfico. Vamos ver se acerto meus palpites...

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Coldplay VS Joe Satriani

Para quem não sabe, não custa nada contar novamente - O guitarrista Joe Satriani está acusando a banda Coldplay de plágio. Satriani afirma que sua canção "If I Could Fly" foi copiada pela banda de Chris Martin, que a transformou em "Viva la Vida", single que também dá nome ao mais recente álbum do grupo.

Como indenização, Satriani pede "todo e qualquer lucro" que o Coldplay teve com a música. E, como se sabe, "Viva la Vida" já arrecadou tudo e mais um pouco. Além de ser considerada uma das melhores músicas de 2008, o Coldplay levou o Grammy de melhor música do ano para casa, graças a polêmica canção.

Acusações à parte, resolvi mostrar as duas músicas para que vocês tirem suas próprias conclusões. A minha, com certeza, já tirei!


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Depeche Mode vem ao Brasil


Os britânicos do Depeche Mode confirmaram que farão shows no Chile, na Argentina e no Brasil na segunda quinzena do mês de outubro.

A banda, após anunciar o lançamento de Sound Of The Universe para abril deste ano, informou ao jornal chileno El Mercúrio, em coletiva de imprensa feita em Nova York, que virá para a América Latina novamente.

A possibilidade já havia sido levantada recentemente pelo colunista Lucio Ribeiro. Durante a entrevista para jornal chileno, Gahan (vocalista da banda) se lembrou que o Depeche Mode se apresentou na América do Sul pela última vez em abril de 1994, poucos dias depois da morte de Kurt Cobain, líder do Nirvana. "Me lembro muito bem desta data. Foi um caos completo desde que chegamos, mas encontramos também um dos melhores públicos de toda nossa carreira."

O ano de 2009 promete, além do Depeche Mode, estão confirmados os shows do Radiohead, Keane, A-Ha e Kiss. Fora os confirmados, há rumores sobre Oasis, Green Day, Paul McCartney e Amy Winehouse. O jeito é esperar!


Foto: www.depechemode.com

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Os Paralamas (realmente) voltaram


O ano começou e nenhum bom álbum brasileiro surgiu. Isso, até que Os Paralamas do Sucesso anunciaram o lançamento de seu novo disco, Brasil Afora.

O trio já tinha lançado, após o acidente de Herbert, dois discos. Porém, só agora podemos dizer que a banda voltou de verdade. É o velho e puro som paralâmico de volta.

O novo disco é o melhor desde a retomada do grupo em 2002. Isso porque traz a melhor leva de “boas canções, bem acabadas e simples”. Se alguém duvidava que Herbert Vianna fosse capaz de voltar aos bons tempos, esse disco é a prova definitiva.

O álbum abre com uma base de metais, uma coisa meio Vitória Régia (banda que acompanhava Tim Maia e que tocou com os Paralamas no Acústico MTV).

“El Amor”, versão para um sucesso de Fito Paez, revela a ponte com a Argentina e a sonoridade do rock de lá – que é claramente diferente do rock feito em qualquer outro lugar do mundo, sobretudo nas melodias. Vale lembrar que Herbert e cia. são quase tão populares na Argentina quanto no Brasil.

"Mormaço" tem um grande arranjo, que remete, sim, às épocas mais inspiradas do grupo. Uma mistura de modinha com repente, conduzida por notas de guitarra, que dá um ar árido e sertanista. A participação de Zé Ramalho só abrilhanta mais ainda a música. Se não bastasse toda essa qualidade sonora, a letra de "Mormaço" é uma homenagem à Paraíba, terra natal de Herbert, e à sua ligação com o Rio: “dá um laço e lança o sal/ passa ao largo em João Pessoa/ tece a vida por um fio/ desce ao Rio e fica à toa”.

Brasil Afora não se parece em nada com os discos moderninhos que, geralmente, são abraçados pela crítica musical do país. Provavelmente não ganhará tantas estrelinhas assim pelas revistas especializadas e, com certeza, será esquecido no final do ano, quando todo mundo começar a montar suas listas de melhores do ano.

Mas, certamente, é a volta do bom e velho Paralamas. A banda que, entre outras coisas, foi a primeira do Brasil a ganhar um "Behind the Music" pelo canal VH1, mostra que apesar de todos os problemas que enfrentou - acidente de Herbert e o eterno preconceito dos roqueiros tupiniquins, soube manter aquilo que a fez brilhar nos anos 80. Como Herbert diz - boas canções, bem acabadas e simples.

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O cisne virou patinho feio. Ou será o contrário?


Nesta sexta-feira (13/02) estréia no Brasil o filme que mostra a redenção de um ator que, até então era alvo de piadas, e agora surge como favorito ao Oscar.

Mickey Rourke, o bonitão de "9 Semanas e Meia de Amor", após uma década inteira perdida, aparece como um dos indicados ao Oscar de melhor ator pelo filme "O Lutador". Além disso, já levou para casa o Globo de Ouro e o Bafta (o Oscar inglês).

O rostinho bonito dos anos 80 foi substituído por um rosto deformado graças ao boxe - profissão a qual se dedicou por um bom período. Por outro lado, o talento só amadureceu e Rourke mostra a todos que pode ser um ótimo ator.

Na verdade, Rourke já tinha retornado ao cinema em 2005, em "Sim City", mas agora é bem diferente. A grande sacada de "O Lutador", além de ser um bom filme, é que a história de Rourke rima com a história de seu personagem - um lutador decadente que não quer se aposentar de jeito nenhum.

Ah, já ía me esquecendo. Se você gosta de Guns´n´Roses, não pode perder "O Lutador". O que uma coisa tem a ver com a outra? Assista.


Fotos - Divulgação

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