A volta do Rubens


Geralmente não comento nada sobre esportes aqui. Mas o primeiro GP do ano trouxe novidades muito interessantes à F1. Além disso, uma nova pergunta paira sobre nossas cabeças: Barrichello voltou?

Desde a largada da prova, que aconteceu na Austrália, vimos muitos imprevistos, acidentes, batidas sem explicação, abandonos e uma equipe nova dominando o tempo inteiro. Foi uma corrida eletrizante, como há muito tempo não se via na F1.

Ross Brawn foi o grande nome da prova, pois manteve-se tranquilo mesmo quando Barrichello se acidentou e ficou lá para trás. O mago que fez a carreira de Schumacher ser permeada pelas estratégias perfeitas de boxes, repetiu o feito mais uma vez.

Com Jenson Button soberbo na frente, o chefão aproveitou o primeiro safety car para convocar Barrichello e trocar a frente de seu carro. Como a F1 vive também da sorte, um acidente entre Vettel (segundo) e Kubica (terceiro) deixou o caminho livre para a primeira dobradinha da equipe.

Felipe Massa, a nossa grande esperança, dessa vez quebrou. Seu companheiro de equipe, Raikkonen, fez o mesmo. Será essa a Ferrari 2009?

Já o nosso "Rubinho Pé de Chinelo", largou na primeira fila e, mesmo fazendo uma corrida nada regular, soube recuperar várias posições, realizar boas ultrapassagens e ainda contar com um elemento que sempre o deixou na mão - a sorte.

Aos 36 anos, a aposentadoria para Rubens Barrichello parecia iminente com a saída da Honda da F1. Até que, da estrutura da ex-equipe, nasceu a Brawn GP. Paralelamente surgiu o interesse da embrionária USF1 para 2010. Pronto. Em vez de pendurar o capacete, o brasileiro ganhou praticamente mais dois anos de cockpit.

Será que esse vai ser o ano de Rubinho? Será que, finalmente, a sorte vai andar ao seu lado? Tomara que sim. Ele, que sempre foi alvo das críticas da imprensa e motivo de piada, com certeza adoraria calar a boca de toda uma nação e encerrar sua carreira de forma brilhante.

O jeito é esperar e torcer.

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Che Vive


O grande filme de Steven Soderbergh sobre a vida de Che Guevara chega, finalmente, às telas brasileiras. "Che" estreia hoje no Brasil e promete conseguir uma boa bilheteria, já que o filme conta a história do maior revolucionário das Américas.

Trabalhando a partir de um roteiro assinado por Peter Buchman ("Jurassic Park 3"), baseado num livro de memórias do próprio revolucionário, o diretor filma com distanciamento quase documental dois momentos na vida do personagem: a campanha para a tomada do poder em Cuba, em 1959, e a visita à ONU em Nova York, em 1964.

Benicio Del Toro vive Guevara. O ator porto-riquenho embarcou nesse projeto há anos. O filme demorou muito a ser concretizado devido às dificuldades em obter financiamento, especialmente por ser falado em espanhol, o que gerava dúvidas entre os produtores norte-americanos.

Interpretado pelo mexicano Demián Bichir, Fidel Castro acaba sendo um personagem secundário no filme de Soderbergh. Tudo é narrado pelo ponto de vista de Che. Além de longas cenas de batalha, a obra mostra, em pinceladas, o lado que fazia do argentino um líder com potencial para ser amado pelas massas.

A história é magnífica por si só. Já o filme, se salva pela interpretação de Del Toro. O porto-riquenho dá vida a Che como se tivesse o conhecido. A semelhança física entre os dois é enorme. Há momentos que não é possível saber se estamos vendo o Che real ou se é Del Toro. Apesar do ator não ter sido lembrado pela Academia, levou o merecido prêmio de Melhor Ator em Cannes.

Quando digo que o filme se salva pela interpretação de Del Toro, digo isso porque "Che" não é nada brilhante. O problema do longa, na minha opinião, é que grande parte da ação se passa nas florestas, onde Guevara e suas equipes tramaram as conquistas e derrotas revolucionárias. O filme acaba ficando muito parado. Essas cenas (nas florestas) são a parte mais chata e monótona do filme. Além disso, a película acabou ganhando muito mais cara de documentário, graças ao estilo narrativo da trama.

Apesar dos pesares, seria injusto dizer que Del Toro é a única coisa boa do filme. Muito louvável também é a idéia e mensagem que são passadas. Del Toro e Soderbergh transmitem um conceito de que Che, mesmo morto há 40 anos, ainda é bastante vivo na memória contemporânea por meio não somente de camisetas e bandeiras, mas pelos seus ideais.

Eu, que já assisti a "Che", agora estou ansioso para ver a sequência - "A Guerrilha". Afinal, não podemos esquecer que, originalmente, tratava-se de apenas um filme. É preciso assistir às duas partes para tirar maiores conclusões.

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Just a Fest - a melhor parte


Como falar do show do Radiohead sem parecer um fanático irracional? Sinceramente, não sei. São nessas horas que fico feliz por ter um blog, onde posso ser totalmente parcial.

Tive muitas dúvidas sobre o setlist que seria apresentado em São Paulo. Porém, domingo pude sentir na pele que, por algum motivo, a banda britânica resolveu presentear os paulistas. Só podemos dizer: "Obrigado Radiohead!"

Eram 22h quando a banda subiu ao palco montado na Chácara do Jóquei, para deleite dos milhares de fãs que tanto aguardaram a vinda do quinteto britânico ao país. O grupo abriu o show com "15 Step", do álbum mais recente, In Rainbows, que foi tocado na íntegra. Em seguida, emendou outro hit, "There There", indicando que estava por vir uma apresentação arrebatadora.

O primeiro grande momento do show veio com "Karma Police", música de um dos melhores discos da história do Rock - Ok Computer. Outro destaque foi a versão de "Idioteque", que ao vivo ganhou muito mais peso eletrônico. De repente aquela plateia "roqueira" estava dançando como se o Just a Fest fosse uma grande rave.

A emoção tomou conta de todos quando, surpreendentemente, Thom Yorque e cia. tocaram "Exit Music", música que foi tema do filme "Romeo+Julieta" (1996). A plateia silenciou-se. Todos ficaram apenas ouvindo e sentindo aquela que é uma das mais tristes músicas da banda.

No primeiro bis, o grupo tascou o hit "Paranoid Android". Quando a música acabou aconteceu o momento mais marcante e emocionante do show - a plateia, mesmo após o final da música, iniciou um enorme coro fazendo a segunda voz com “Come on raaaaaaaaaaaaaaain down on me”. Então, Thom Yorque, que já ía começar a tocar a próxima canção, se rendeu ao apelo do público e fez um lindo dueto com a platéia. Para completar, o vocalista emendou com "Fake Plastic Trees", imortalizada no Brasil como a "música do Carlinhos", por aparecer em um comercial de TV sobre síndrome de Down.

Durante a música “The National Anthem”, um estranho trecho da rádio Band News FM apareceu. Thom Yorque explicou depois que não tratou-se de um acidente. Foi proposital. Eles sempre sintonizam uma rádio local, aleatoriamente, para se misturar com a música.

Bom, o show foi prosseguindo, o segundo bis já tinha terminado e nada de "Creep" dar as caras. Mas quando a maioria do público já se conformava com a ausência do maior clássico da banda, o Radiohead volta para um terceito bis e Thom Yorque solta: "Adivinhem qual é essa". Quando os primeiros acordes de "Creep" foram tocados, a comoção foi geral.

O setlist de São Paulo foi muito melhor que nos outros shows da América Latina. Afinal, é raro ouvir "Fake Plastic Trees" e "Creep" num mesmo show. Eles nunca fazem isso! Para vocês entenderem, ontem fiquei sabendo que o canal Multishow teve acesso ao setlist original do show de São Paulo. Duas músicas programadas para serem tocadas foram riscadas à caneta e, no lugar delas, escreveram os nomes de "Fake Plastic Trees" e "Creep". Ou seja, a banda resolveu incluir essas músicas na última hora. Motivo? Só Deus e o Radiohead sabem. Mas, de qualquer forma, São Paulo agradece!


A sensação de assisir a um show do Radiohead é única. As pessoas chegam a ficar paradas, só ouvindo e assistindo a apresentação da banda. E por falar em assistir, o palco do Radiohead foi um show à parte. Tubos cilíndricos de luz pendiam do palco, formando um cenário futurista. No telão, os músicos apareciam em close e as cores do palco mudavam, de acordo com o tom de cada música.

Como disse no início deste post, é muito difícil falar desse show sem parecer um fã irracional. A única coisa que posso falar, com toda a certeza do mundo, é que vai demorar muito para São Paulo ver um show como esse.

Quem não viu, perdeu!

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Just a Fest - parte 2


A palavra "kraftwerk" significa usina de energia, em alemão. O grupo, que praticamente inventou a música eletrônica, mostrou em São Paulo que este nome não foi escolhido por acaso. Ainda mais se lembrarmos que banda surgiu em 1970.

Há quem diga que o grupo alemão é tão importante para a música como foram os Beatles. Afinal, se hoje é fácil fazer música eletrônica, muito se deve a esse caras.

Uma coisa não dá pra negar, o show deles é muito interessante. Mesmo quem não curte música eletrônica, parou e assistiu com atenção. Com apoio dos telões, o quarteto sincronizou suas músicas com animações e vídeos relacionados aos temas que tocavam. E "Showroom Dummies", uma das canções mais conhecidas do grupo, ganhou uma versão inusitada com as letras em português. Aí vocês já viram, o público foi ao delírio!

No começo a banda não empolgou muito, mas após as execuções de alguns clássicos, como "Autobahn" e "Boing Boom Tschak", a plateia acabou se rendendo.

A parte mais aguardada do show foi quando eles tocaram a música "The Robots". Os integrantes do Kraftwerk foram substituídos por robôs (com a aparência muito parecida com a dos músicos alemães), que se mexiam e dançavam durante a canção.

Comparando com as músicas que rolam nas raves de hoje em dia, o som do Kraftwerk é muito mais lento. Mas, volto a lembrar, os caras começaram com isso há quase 40 anos atrás. Sem eles, talvez nem existiriam Djs!

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Just a Fest - parte 1


Um dos melhores festivais que vi não poderia caber em apenas um post. Por isso, resolvi dividir em três - um para cada show. Hoje, posto a primeira parte do Just a Fest , contando como foi o show da banda Los Hermanos.

Quando Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante e cia. entraram no palco, boa parte do público já havia tomado a Chácara do Jockey para ver os cariocas. Trajando camisas xadrez, os músicos incendiaram a todos com a primeira música - "Todo Carnaval tem seu Fim". E, como acontece em quase todos os shows, confetes e serpentinas foram ao ar durante a música.

Amarante, admirado com a quantidade de pessoas que estavam ali, soltou: "Tem muita gente aqui, meu Deus do céu!". E por falar em Amarante, ficou claro quem é o novo front man da banda. Geralmente, Marcelo Camelo era o dono dessa posição, porém nesse domingo foi Amarante quem mais falou, cantou, brincou e pulou. Já seu companheiro, além de falar pouco com a plateia, cantou suas músicas de forma bem mais lenta. O que acabou deixando algumas músicas muito mais chatas.

Seriam as carreiras paralelas dos Hermanos falando mais alto? Pois, enquanto Amarante vive uma atmosfera Rock´n´Roll com o Little Joy, Camelo se tornou muito mais MPB em seu disco solo.

O melhor do show, com certeza, foi o repertório. Como a banda não está em turnê de nenhum disco, o grupo pôde tocar um pouco de cada álbum. Músicas do CD Bloco do Eu Sozinho, que normalmente não são executadas ao vivo, apareceram. Destaque para “Assim Será” e “Cher Antoine”.

Porém, a sensação final foi que a banda ficou devendo. Faltou mais empenho para tornar esse show inesquecível. Afinal, tratava-se da "volta" dos Hermanos. A crítica esperava mais. Eu esperava mais!

Mas nem mesmo essa falta de energia pode abalar a legião de fanáticos ali presentes. Se a banda estava monótona, os fãs estavam no 220! Aprendi que fã de Los Hermanos não liga para essas coisas banais.

Quem é fã cantou todas as músicas, em alto e bom som. Quem é fã pulou loucamente aos primeiros acordes de "A Flor" e de "Cara Estranho". Quem é fã gritou "volta", ao final do show!

Claro, ainda tem gente que se refere ao grupo como "LOSER manos". A esses, só restou comprar cerveja e esperar a entrada do Kraftwerk.

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Finalmente, Radiohead


O Radiohead acabou de se apresentar na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. A grande (e boa) surpresa foi "Creep", que encerrou o show. Além do maior clássico da banda, músicas como "No Surprises", "Paranoid Android" e "Karma Police" fizeram a alegria dos cariocas.

Resta saber se os paulistas também terão o prazer de ouvir esses hits ou se eles mudarão o setlist. Espero, do fundo da minha alma, que grandes mudanças não ocorram. Pelas informações que tive até o momento, o setlist foi perfeito! O jeito é esperar e torcer.

Segunda-feira volto com um post especial para contar como foi o show de São Paulo, inclusive comentando sobre as apresentações do Kraftwerk e do Los Hermanos. Afinal, estarei lá, no show que promete ser inesquecível!

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O injustiçado


Esquecido pela maioria das premiações nos EUA, sem nenhuma indicação ao Oscar, "Gran Torino" só foi lembrado pelo National Board of Review. A entidade entregou a Clint Eastwood o troféu de melhor ator e ao novato Nick Schenk, o de melhor roteiro original no ano passado.

O filme, que estreia hoje no Brasil, é um dos mais sólidos trabalhos do brilhante diretor. Além disso, deve ser o último filme de Clint como ator.

O personagem do veterano ator, Walt Kowalski, é a própria encarnação da nostálgica América, um EUA que é o herói do mundo. Essa concepção de América teve seu auge na 2a Guerra Mundial e começou a decair pouco depois, na Guerra da Coreia. Uma guerra que tem, aliás, tudo a ver com a amargura deste personagem.

Walt sofre com a culpa de ter matado tantos coreanos nessa guerra e, por ironia do destino, vive em uma vizinhança repleta de rostos orientais. O personagem ainda vive insatisfeito com o rumo que a economia norte-americana tomou. Ele sente falta dos velhos tempos quando os EUA eram a economia mais dinâmica do mundo. Sente falta da velha Detroit, com suas fábricas de automóveis. Inclusive, Walt foi funcionário da Ford no passado e guarda um clássico da montadora em sua garagem - um Gran Torino 1972.

O filme é daqueles que vale à pena ser visto (ao contrário do que postei sobre "The Spirit"). Digo isso porque toda direção de Clint Eastwood vale à pena ser vista. Além disso, o herói dos antigos westerns declarou que Walt será o último personagem que viverá no cinema. Daqui para frente vai se dedicar exclusivamente à direção.

Ainda não assisti ao filme. Pretendo ver logo. Há quem diga que é um dos melhores do ano. Eu prefiro ser mais comedido e dizer apenas que é o filme mais injustiçado do ano.

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Coco Chanel nas telonas


O filme "Coco Avant Chanel" vai mostrar a vida da estilista Gabrielle Chanel, conhecida como Coco, e suas muitas vidas - a história do caminho seguido por ela, desde seu começo obscuro até as luzes brilhantes de Paris.

A conceituada estilista será interpretada pela atriz francesa, Audrey Tautou ("O Fabuloso Destino de Amelie Poulain"). O longa tem roteiro de Anne Fontaine, Camille Fontaine e colaboração de Christopher Hampton, e é baseado na obra de Edmonde Charles-Roux, L´irrégulière.

Um detalhe interessante é que os figurinos usados no filme foram escolhidos com a ajuda de Karl Lagerfeld, atual estilista da Chanel.

Mas, mais interessante ainda é a trilha sonora. "Aqui não tem Chanel", LP de 1991 do grupo carioca Que Fim Levou Robin?, foi o grande escolhido para embalar a vida de Coco Chanel nos cinemas. A banda era formada pelos Djs Mauro Borges e Renato Lopes, que faziam um som techno-pop repeleto de humor.

"Coco Avant Chanel" estreia dia 22 de abril na França e em maio deve pintar nos cinemas brasileiros. Enquanto isso, assista ao trailer que a Warner Bros liberou:


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Um filme para não ser visto


Uma das adaptações de quadrinhos mais esperadas era para "The Spirit". E quando se soube que ela seria feita nos mesmos moldes de "Sim City", e com direção de Frank Miller, os fãs ficaram muito felizes. Tadinhos, não sabiam o que viria pela frente. "The Spirit" é um grande erro cinematográfico.

Frank Miller, como diretor é um ótimo roteirista. O filme que estreia dia 20 no Brasil, além de chato e paradão, ainda tem um roteiro para lá de confuso e interpretações que beiram o ridículo, sobretudo a de Samuel L. Jackson, que faz o vilão Octopus (o pior vilão numa adaptação de hq desde o Mr. Freeze de Schwarzenegger no fracasso "Batman & Robin"). Scarlet Johansson, como a secretária do vilão, mostra que só atua bem quando bem dirigida. A bela espanhola Paz Veja paga um mico colossal. Só a latina Eva Mendes escapa do desastre com suas curvas estonteantes. É a única "coisa" boa desse filme.

Miller achou que só por ter dado palpites em “Sin City” (dirigido por Robert Rodriguez com uma mão de Quentin Tarantino), já estava apto para segurar um filme sozinho. Bom, acho que ele se enganou!



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Agora é oficial - Oasis no Brasil em maio!


Três anos depois de se apresentar no Brasil, o Oasis anunciou sua volta ao país para maio com a maior turnê que já fez por aqui. O quarteto inglês traz o show do disco Dig Out Your Soul, lançado ano passado.

A viagem da banda começa no dia 7 pelo Rio de Janeiro, no Citibank Hall. Em seguida, seguem para São Paulo, no dia 9, na Arena Skol Anhembi. Pela primeira vez, Curitiba vai receber a banda no dia 10, na Pedreira Paulo Leminski. A turnê brasileira será encerrada em Porto Alegre, no dia 12, no Gigantinho.

Os preços dos ingressos ainda não foram divulgados, mas segundo o site as entradas terão pré-venda especial para os clientes do Citibank a partir do dia 20 de março. Para o público em geral, os bilhetes poderão ser comprados a partir do dia 27 do mesmo mês pela Ticketmaster.

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Keane faz show elétrico e toca Queen no final


Quem assistiu ao show da banda inglesa em 2007, quando eles se apresentaram pela primeira vez no país, com certeza não esperava tanta "energia" nesta nova apresentação no Credicard Hall.

O grupo, que começou como trio e foi muitas vezes comparado com o Coldplay, mostrou em São Paulo uma formação mais elétrica, que conta com um integrante a mais e a presença de guitarras e batidas mais dançantes.

A apresentação estava marcada para as 21h30. Porém, quando os fãs da banda se aglomeraram na platéia acabaram se deparando com o grupo gaúcho Fresno, banda de abertura que não havia sido muito divulgada na mídia. Às 22h30 foi a vez da atração principal subir ao palco e abrir seu set list com "The Lovers Are Losing". Logo depois, aconteceu o inevitável. Após o vocalista Tom Chaplim falar - "Esqueçam seus problemas e divirtam-se", um fã inconformado retrucou - "Esqueçam o Fresno!".

O show foi marcado por sucessos como "Everybody´s Changing" e "Somewhere Only We Know". Mas a grande surpresa aconteceu na hora do bis. A banda fez uma versão para "Under Pressure", clássico do Queen. Mesmo com a responsabilidade da canção, o grupo deu personalidade para o cover e Tom Chaplin não se intimidou com os vocais originais de Freddie Mercury.

A turnê segue agora para Belo Horizonte, onde o Keane se apresentará amanhã. Já na sexta-feira, serão os cariocas que poderão curtir a pegada "mais animada" da banda britânica.

Ah, já ía me esquecendo. Ao final do show, a plateia paulista mandou um coro tipicamente brasileiro - "Olê, olê, olê, olê. Keane, Keane".

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Kings


O Kings Of Leon estão mostrando que não são reis apenas no nome. Os caras conseguiram, simplesmente, emplacar o single e o disco mais vendidos da história da parada digital britânica.

A música “Sex On Fire” alcançou a marca de 547 mil downloads, superando "Bleeding Love", da cantora Leona Lewis, que agora figura o segundo lugar na lista. Para completar, Only by the Night , último álbum da banda, já acumula 560 mil cópias digitais vendidas.

Formada por membros de uma mesma família, sendo três irmãos e um primo-irmão, a banda americana Kings of Leon caiu primeiro nas graças dos ingleses antes de conquistar seu próprio país. O trabalho de estreia, Youth and you manhood (2003), fez a crítica e o público britânico babarem. Inclusive eu, que tive o prazer de assistir ao show deles no TIM Festival de 2005.

Depois, vieram mais dois discos - apenas medianos. Porém, eis que o Kings of Leon lança seu melhor disco, Only by the Night , e volta com força às paradas e às listas de fim de ano de melhores da temporada 2008.

Esse ano, eles já levaram para casa alguns prêmios de respeito. No Brit Awards venceram as categorias de Melhor Álbum Internacional e Melhor Grupo Internacional. Já no Grammy, a banda levou o prêmio de Melhor Canção Rock, por "Sex on Fire".

O estilo country do primeiro disco praticamente não existe mais. Por outro lado, as músicas estão mais limpas e o vocalista Caleb começa a mostrar que é um dos melhores cantores desse "novo rock". No último trabalho do grupo, Caleb usa e abusa de sua voz. E, cá entre nós, o cara canta muito! Até Cris Martin revelou, esses dias, que gostaria de cantar como Caleb.

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Brahma na volta de Ronaldo

A Brahma, através da agência África, vai apresentar um comercial para homenagear a volta de Ronaldo aos gramados. A peça publicitária leva o nome de "O Guerreiro Voltou".

A exibição está marcada para passar na TV no intervalo do clássico Palmeiras X Corinthians, nesse final de semana. O susposto vídeo já está rolando na internet, no site Youtube.

Assistam:


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Um Coldplay mais POP?

Você conhece a banda The Fray? Provavelmente não. Mas quem acompanha séries norte-americanas já deve ter ouvido alguma música da banda. Os caras estão nas trilhas de "Lost" e "Gray´s Anantomy". Para completar, o segundo disco deles vendeu 179 mil cópias nos EUA, em apenas uma semana.

Qual seria o segredo desses caras? A resposta encontramos logo que ouvimos a primeira música da banda ianque.

Quando se ouve The Fray é impossível não acusá-los de copiar bandas como Radiohead, Coldplay e Keane. A base das músicas é de piano, sobrepondo aos outros instrumentos, e a voz é melódica e melancólica, lembrando muito os sucessos de Keane e Coldplay. Detalhe - a banda de Cris Martin está bombando nos EUA. Será coincidência?

Bom, assistam ao clipe do maior sucesso deles e me digam se estou errado:

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A Índia de Boyle


Há exatos 20 minutos, assisti ao melhor filme de 2008. "Quem Quer Ser um Milionário?", que tem estréia nacional programada para o próximo dia 06, é fenomenal. Ouso dizer que é o melhor filme dos últimos dois ou três anos.

De um lado a crítica social, onde vemos a verdadeira Índia (e não a falsa Índia da novela das oito). E do outro, uma bela história de amor.

O grande vencedor do Globo de Ouro e do Oscar desse ano merece toda a fama que conquistou. É o tipo de filme que deve ser aplaudido depois que a tela escurecer.

O protagonista é Jamal Malik, um jovem orfão de origem pobre que está a uma pergunta de faturar o maior prêmio da televisão indiana (20 milhões de rúpias).

Mas como um menino da favela, sem instrução, pode acertar todas aquelas perguntas? Por isso, Jamal é levado a polícia local, onde é torturado para que revele como fraudou o programa "Quem Quer Ser um Milionário?".

Durante o interrogatório, Jamal explica que acertou as respostas a partir dos fatos marcantes de sua jovem vida. Por sorte, ou destino, todas as perguntas do programa tinham alguma ligação com a triste história do personagem.

Danny Boyle se utiliza de três planos de tempo para contar a história - o presente (quando Jamal é interrogado pela polícia indiana), o passado recente (no momento em que participa do programa) e o passado remoto (flashbacks que contam a tragetória do personagem). No melhor estilo câmera na mão, Boyle conta a história do povo indiano, repleta de violência e exploração infantil.

É inevitável comparar "Quem Quer Ser um Milionário?" ao filme "Cidade de Deus". Mas essa comparação só se dá no campo estético, pois enquanto o filme brasileiro foca o crime organizado, o filme de Boyle é quase que um conto de fadas. Como o próprio Jamal sugere a sua amada no filme - "podemos viver de amor".

A grande obra ainda tem como destaque a trilha sonora. Por mais que muitos (inclusive eu) não concordem com a escolha para Melhor Canção, a trilha é algo mágico. Sem cair no folclórico, a música faz com que o público se envolva ainda mais com o brilhante roteiro.

O longa é daqueles filmes que faz com que a platéia saia do cinema mais feliz e mais leve. Mas, principalmente, mostra que, apesar dos dramas da vida, ainda vale à pena sonhar e acreditar no amor.

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Pete Doherty quer voltar com Libertines


A banda, que chegou a ser comparada com o The Clash, pode estar voltando. Tudo vai depender da habilidade de Pete Doherty em convencer seus ex-companheiros.

O polêmico músico inglês disse que "só falta falar com Carl Barat". Só que esse é justamente o grande problema!

Para quem já esqueceu, Doherty chegou a assaltar a casa de Barat, guitarrista da banda. A relação da dupla mais parece a de um casal de namorados. Depois do fim do Libertines, em 2005, os dois ingleses vivem brigando e fazendo as pazes. Aí eu me pergunto: será que dá para acreditar em um retorno concreto do Libertines?

Doherty disse ainda que quer voltar com a banda, manter sua carreira solo e também o Babyshambles, sua outra banda. Se lembrarmos que Pete Doherty vive em meio a problemas com drogas, entrando e saindo de clínicas, essa sua vontade chega a ser utópica.

Para mim, não podemos levar à sério essa história. Afinal, essas declarações foram dadas logo após Doherty ter vencido o prêmio de melhor artista solo, no NME Awards 2009.

Não sou contra a volta do Libertines, até mesmo porque era fã deles. Só acho um pouco difícil que um cara como Doherty consiga manter uma banda com Barat. Além disso, sou contra voltas marqueteiras, onde os músicos forçam a barra, contra sua vontade, apenas para ganhar mais dólares.

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