Enquanto isso, na Escócia...


Camera Obscura é o nome de uma das bandas mais legais da música alternativa européia. Se você gosta de Belle & Sebastian e Teenage Fanclub, vai adorar!

Em 1998, a banda lançou o seu primeiro single, "Park and Ride". Mais tarde, vieram os CD´s Underachievers Please Try Harder (2003) e Let's Get Out of This Country (2006), que de tão bom acabou levando o nome da banda para o mundo todo.

My Maudlin Career é o último trabalho do grupo, e foi lançado em abril desse ano. O destaque é a bela e suave voz de Tracyanne Campbell. Nesse novo álbum dá a impressão que estamos escutando um trabalho solo, tamanha é a presença da vocalista.

O álbum vem encabeçado pelo single "French Navy" que, sem dúvida, é a música com mais cara de hit desse álbum. Depois temos “The Sweetest Thing”, que já começa a imprimir aos poucos a melancolia característica da banda. Mas, o melhor ainda está por vir - “Swans” e “James”, simplesmente as duas melhores músicas do disco.

Se você gosta de tristeza, suavidade e beleza, o Camera Obscura é um prato cheio!

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Cannes 2009


O 62º Festival de Cannes chegou ao fim neste domingo (24). Durante 12 dias o balneário recebeu alguns dos mais talentosos diretores e atores do mundo. O grande vencedor da Palma de Ouro desse ano foi o longa "Das Weisse Band", dirigido pelo alemão Michael Haneke.

Os badalados filmes de Quentin Tarantino e Lars Von Trier conseguiram apenas um prêmio cada. Chrstoph Waltz levou o prêmio de Melhor Ator por "Bastardos Inglórios" e Charlotte Gainsbourg venceu como Melhor Atriz pelo vaiado "Anticristo".

Destaque positivo para o brasileiro "À Deriva", de Heitor Dhalia, que foi aplaudido por quase cinco minutos. Já o destaque negativo vai para o novo longa de Francis Ford Coppola ("Tetro"), que foi muito criticado e acabou decepcionando.

Outros dois "grandes" que não se deram muito bem foram Pedro Almodóvar - que concorria com "Los Abrazos Rotos" - e Ang Lee - que levou ao festival o musical "Taking Woodstock". Ambos não agradaram e saíram de mãos abanando.

No final, ficou claro que Cannes resolveu olhar para o "novo". Porém, não podemos dizer que os longas de Coppola, Trier, Tarantino, Lee e Almodóvar são ruins. Vale lembrar que "Che" (Steven Soderbergh) também recebeu críticas negativas no ano passado, quando abriu o festival.

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Beirut no Brasil

Segundo o blog Popload, a cultuada banda de Zach Condon, toca no Brasil em setembro. As cidades escolhidas são Salvador, São Paulo e Rio. Um quarto show, em Recife, pode acontecer, dentro de um grande festival indie que ocorre na mesma época.

A banda ganhou fama no Brasil graças à minissérie "Capitu", da TV Globo. A música tema ("Elephant Gun") chegou a ser Top 2 em vários sites por aqui. Para quem ainda não conhece o trabalho dos caras, abaixo o clipe (igualmente belo) da música que foi tema de Bentinho e Capitu.


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Blockbuster dos bons


Geralmente torço o nariz para filmes que nascem com cara de sucesso de bilheteria. Mas dessa vez fiquei curioso para ver "A Mulher Invisível", dirigido por Claudio Torres e que estreia dia 5 de junho nos cinemas. Até mesmo porque no elenco está Selton Mello. E isso já basta.

Depois do equivocado "A mulher do meu amigo", de 2008, Torres volta às telas com uma trama pautada pelo riso, porém menos ambiciosa do que poderia ser. Trata-se de um filme enxuto, eficiente e com doses fartas de doçura, sem escorregar no mel. O filme conta a história do controlador de tráfego rodoviário Pedro (Selton Mello), que ao ser abandonado pela esposa, cria uma beldade perfeita, chamada Amanda (Luana Piovani), para ser sua nova companheira. Detalhe: Amanda só existe na imaginação de Pedro.

O elenco é muito bom. Além de Selton e Luana, o filme ainda conta com Maria Luisa Mendonça, Fernanda Torres e a participação do mestre Lúcio Mauro. Ou seja, a risada é garantida!

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Momento Observatório da Imprensa


Na última sexta-feira (15/05), Ronaldo participou de sabatina no jornal Folha de S. Paulo, onde fez declarações "pesadas" (desculpem o trocadilho) sobre Ricardo Teixeira, presidente da CBF. O jogador chegou a acusar o cartola de ter duplo caráter. O mais interessante é que a TV Globo simplesmente ignorou essa entrevista.

Seria um boicote contra Ronaldo? Afinal, o atacante corintiano assinou contrato como garoto propaganda do SBT - isso sem falar que o Grupo Sílvio Santos está patrocinando a camisa do Corinthians. A Globo poderia ter ocultado essa entrevista para dar um "gelo" no fenômeno.

Porém, há outra hipótese - a Globo estaria preservando a relação do jogador com a CBF - pensando na provável volta de Ronaldo à seleção. Vale lembrar que, para muita gente, se a Globo não deu então nada aconteceu. Além disso, é inegável que um "Jornal Nacional" tem muito mais alcance que uma simples edição da Folha de S. Paulo.

O que vocês acham? Qual das hipóteses é mais provável?

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U2 vem?

Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, informou em sua coluna, na última quinta-feira (14/05), que a empresa de entretenimento Time For Fun reservou duas datas no Morumbi para shows de U2 e Bon Jovi. As apresentações aconteceriam entre novembro e dezembro desse ano.

Segundo a coluna, o departamento de marketing do São Paulo FC confirma as reservas, já a Time For Fun nega. O estranho é que a agenda de shows do U2 está lotada até o final do ano.

Outro artista que poderia ocupar essas supostas datas reservadas pela Time For Fun é o ex-Beatle Paul McCartney, já que desde o final do ano passado boatos sobre sua vinda ao Brasil são ventilados na imprensa.

Quem vocês preferem?

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"Sim, sou um negro de cor"


O documentário "Ninguém Sabe o Duro que Dei", dirigido pelo humorista Claudio Manoel, estreia nesta sexta (15/05) e é o primeiro olhar do cinema sobre Wilson Simonal que, como diz Nelson Motta no filme, "virou um tabu, um leproso, um pária" na música brasileira.

Tudo começou em agosto de 1971, quando a popularidade de Simonal como cantor só era superada por Roberto Carlos. Suspeitando de que seu contador o roubava, ele mandou dar-lhe uma surra. O problema é que a surra foi dada por dois agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), serviço público cuja especialidade era torturar adversários da ditadura militar.

Um inspetor, Mário Borges, disse à imprensa que Simonal era informante do Dops, e a fama de dedo-duro nunca mais se descolou dele, jogando-o num longo ostracismo. "Ele pagou uma pena dura demais, desproporcional para uma surra, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele, não teve anistia", afirma o comediante do Casseta & Planeta.

O cantor alegou ter recorrido ao Dops porque vinha recebendo ameaças terroristas e disse, talvez para impressionar, que tinha conhecidos na polícia política. Quando, mesmo sem provas, foi classificado como informante, ele se enrascou. Pela surra que mandou dar, Simonal foi condenado em 1972 a cinco anos e quatro meses, que pôde cumprir em liberdade. Pela fama de dedo-duro, pagou enquanto esteve vivo - e depois também.

Nascido em 1972, ano em que o pai foi condenado, o músico Max de Castro ressalta que Simonal não era politizado, daí ter pensado que era um trunfo dizer que conhecia gente do Dops. "Ele tentou usar a malandragem e o jogo de cintura. Não percebeu o tamanho da encrenca em que estava entrando."

Max, apesar de achar que o filme ficou incompleta, reconhece que o mais importante é que com depoimentos de Pelé, Miele, Chico Anysio e Tony Tornado, o documentário pode contribuir para que não sejam ditas frases como a ouvida por Cláudio Manoel de um frentista: "Pô, seu Casseta, vai fazer um filme sobre o cara que torturou o Caetano?"

Além de toda essa tragédia que marcou a carreira de Simonal, podemos ver em "Ninguém Sabe o Duro que Dei" a fase gloriosa do cantor. Seja fazendo comercial da Shell, cantando "The Shadow of Your Smile" com Sarah Vaughan, regendo o Maracanãzinho lotado ou, simplesmente, esbanjando malícia e balanço. Com toda certeza, Simonal foi um caso à parte na história da música brasileira.

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Barrado por ser gay


Dirigido pelos estreantes Glenn Ficarra e John Requa, e com Jim Carrey, Ewan McGregor e Rodrigo Santoro no elenco, "I love You Philip Morris" já causa polêmica. Claro, devido à temática homossexual. Segundo alguns críticos, o público que vai ao cinema é basicamente hetero.

Até o momento, o longa não conseguiu nenhum distribuidor. Há quem diga que o filme pode ser lançado diretamente em DVD. Mas, a notícia boa é que "I love You Philip Morris" será apresentando em Cannes.

No filme, Jim Carrey é Steven Russel, um ex-policial do Texas, que comete uma fraude e acaba preso. Na prisão, Russel se apaixona pelo companheiro de cela Philip Morris (Ewan McGregor), que logo foge do cárcere. Ao tentar de todas as formas também fugir da prisão para ficar com o amante, Russel finge até que morreu de Aids e falsifica atestado de óbito, contudo é pego e condenado a 144 anos de detenção.

Rodrigo Santoro vive o papel do primeiro namorado de Steven Russel. Essa é mais uma aparição no cinema internacional do brasileiro, que já conta com fimes como "As Panteras - Detonando", "300" e "Che", além da série "Lost".

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Nova do Beastie Boys

Check Your Head, o álbum punk dos Beastie Boys de 1992, está sendo re-editado em edição especial para colecionadores. São inúmeros formatos, desde versões digitais até discos de vinil. Dentro desse pacote, tem um compacto que terá 2 músicas inéditas. Uma delas é “Lee Majors Come Again”, que você pode ouvir abaixo:

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Dylan e Paul?


"Seria excitante trabalhar com Paul McCartney". Essa frase foi dita por Bob Dylan, em entrevista à revista Rolling Stone e já repercurte muito na mídia especializada. Para completar, o porta-voz de McCartney afirmou o interesse pela idéia e acrescentou que "seria algo muito grande se acontecesse".

A parceria seria um prosseguimento adequado à boa fase vivida por Dylan. Com seu penúltimo álbum, "Modern Times", alcançou o topo das paradas americanas pela primeira vez desde 1976.

O novo trabalho - "Together Through Life", por sua vez, vendeu 125.000 cópias nos EUA na semana do lançamento e é o primeiro de sua carreira a conquistar o primeiro lugar nos dois lados do Atlântico.

Caso a idéia se materialize, será a segunda colaboração oficial entre Bob Dylan e um ex-Beatle. O cantor já gravou dois álbuns ao lado de George Harrison em 1988 e 1990, quando ambos faziam parte supergrupo Traveling Wilburys, ao lado de Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lynne.

Enquanto a parceria não se concretiza, a torcida vai para que a tão falada última turnê mundial de Paul venha para o Brasil. A imprensa britânica diz que isso é possível. Talvez ainda em 2009.

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Independente novamente


Francis Ford Coppola, imortalizado na direção de filmes como "Apocalypse Now", "Dracula, de Bram Stocker" e a trilogia "O Poderoso Chefão", acabou de filmar "Tetro". É a volta de Coppola ao cinema independente.

A história acontece na Argentina (onde grande parte do longa foi filmado) e fala sobre as rivalidades provocadas por diferenças criativas que atravessam várias gerações de uma família de imigrantes italianos com inclinações artísticas.

O filme, que é rodado em preto e branco, é de produção independente e confirma a tendência que o cineasta já sublinhara no seu regresso ao cinema em 2007, com "Uma Segunda Juventude": filmes comercialmente arriscados, porém com temáticas muito mais inteligentes, assim como os que fez na fase mais importante da sua carreira.

Quanto ao elenco, Coppola foi muito feliz. "Tetro" conta com Carmen Maura (veterana atriz espanhola, uma das queridinhas de Almodovar) e Vincent Gallo (ator, diretor e produtor de diversos filmes independentes). E isso porque Javier Bardem acabou desistindo de participar do longa, devido a seus compromissos.

Alguns dizem que em junho o filme estreia por aqui, mas ainda é cedo para afirmar. Por enquanto, o certo é que "Tetro" será lançado em Cannes, mais especificamente na Quinzena dos Realizadores.

Assim que surgirem maiores informações, postarei aqui.

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A volta de Star Trek


O 11º filme da saga "Star Trek" chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (08), retomando os personagens originais da série televisiva - o célebre capitão Kirk e seu companheiro Spock.

O elenco é renovado por alguns novos rostinhos de Hollywood: Chris Pine ("Sorte no Amor") e Zachary Quinto (o Sylar de "Heroes"). Além de Winona Ryder no papel de Amanda Grayson, a mãe humana de Spock.

Fazer filmes de ficção científica não é nada fácil. É preciso ser fiel aos originais, respeitar os fanáticos e ainda trazer algo de novo. Por isso, os produtores, o diretor J.J. Abrams (um dos criadores de "Lost") e a equipe técnica revisitaram à exaustão a série. Viram e reviram cenários, figurinos, efeitos sonoros, detalhes. A ideia central: recriar, mas sem desfigurar.

O enredo do novo filme gira em torno das origens dos personagens clássicos: a infância e adolescência de Kirk e Spock, o modo como se conheceram e sua primeira missão espacial juntos. De personalidades opostas, eles são obrigados a trabalhar juntos para vencer o capitão Nero, um vilão novo no universo Trek. Paralelamente, Spock desenvolve um romance com Uhura, em meio a teletransportes e explosões espaciais.

Agora, só nos resta esperar e descobrir se esse novo "Star Trek" terá o mesmo sucesso que "Star Wars" conseguiu em sua volta. Os especialistas dizem que vai superar. Será?

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Impressões da Virada


A Virada Cultural 2009 não foi tão boa como nos anos anteriores, mas mesmo assim trouxe grandes atrações. E uma das melhores, sem dúvida, foi o show dos Novos Baianos.

O primeiro evento da maratona cultural que vi foi a "Instalação de Fogo", da trupe francesa Carabosse, que começou às 22h do dia 02 (lembrando que a apresentação já tinha acontecido na sexta, um dia antes da Virada Cultural). O grupo ocupou toda a extensão do jardim da Luz, em um espetáculo que durou três horas. Quem esteve lá pode ver o jardim repleto de fogo e música. Um espetáculo muito bonito, que agradava os olhos e ouvidos dos presentes.

Em seguida, fui para a praça do rock - a República. Assisti ao Camisa de Vênus, do lendário Marcelo Nova. Sucessos dos anos 80 como "Bete Morreu", "Simca Chambord" e "Só o Fim" fizeram a alegria dos roqueiros que se acotovelavam para ver uma das primeiras bandas punks do Brasil.

Comecei o dia (leia-se 12h) com a Nação Zumbi. A única coisa que posso dizer é que foi um show nota 10. Se não bastasse ouvir músicas da fase mais recente, como "Blunt of Judah" e "Bossa Nostra", os caras tocaram clássicos da época de Chico Science. "Rios, Pontes e Overdrives", "Manguetown" e "Maracatu Atômico" levaram os anos 90 para a República. Para encerrar, a banda mandou "Quando a Maré Encher", e aí não teve pra ninguém - todo mundo saiu do chão, literalmente.

Pouco depois, foi a vez de conferir o palco principal da Virada Cultural, que abrigou um dos melhores shows do evento. Mesmo desfalcados de Moraes Moreira, os Novos Baianos proporcionaram à multidão que lotou a São João um momento de rara felicidade. Em boa forma vocal, Baby e Paulinho Boca recriaram com brilho as melhores canções do grupo, como "A Menina Dança", "Mistério do Planeta" e "Besta É Tu".

Pepeu Gomes arrasou na guitarra. Ele, que já foi eleito o melhor guitarrista brasileiro, mostrou que baiano também sabe fazer rock'n'roll, especialmente quando tocou um cover de Jimi Hendrix. Mas eles se superariam nos clássicos "Preta, Pretinha" e "Sampa" (Caetano Veloso). Foi uma comoção geral. Memorável.

Para encerrar a noite (e a Virada 2009) saí do lotado Centro e fui para a zona norte ver Los Sebosos Postizos. Trata-se da união dos integrantes da Nação Zumbi com Bactéria (tecladista do Mundo Livre S/A). O repertório é formado por clássicos de Jorge Ben, na fase em que ele ainda não tinha adotado o "Jor" no nome.

O show é matador. É incrível como a voz de Jorge du Peixe encaixa bem com as músicas do outro Jorge. "Umbabarauma", "Que Pena" e "Zumbi" são apenas algumas das pérolas que foram tocadas. Para completar, Los Sebosos Postizos atacaram de Beatles, com "Tomorrow Never Knows".

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